Enquanto a UEFA decidiu adiar o Europeu de futebol (12 de Junho a 12 de Julho) para o próximo ano, o COI mantém a decisão de realizar os Jogos Olímpicos na data inicialmente marcada, em 24 de Julho.
“O COI segue totalmente comprometido com os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e a mais de quatro meses, não há necessidade de tomar decisões drásticas nesta etapa: e qualquer especulação neste momento seria contraproducente”, disse o COI num comunicado, que destacou estar apoiado por “todas” as federações.
O Japão mantém também o interesse em que os Jogos se realizem. Se estes não se realizarem, o produto interno bruto pode cair 1,4%. O primeiro-ministro, Shinzo Abe, em conversa telefónica com os outros líderes do G7, afirmou: “Os jogos disputar-se-ão de forma completa”. Isto no momento em que o número dois do Comité Olímpico Japonês, Kozo Tashima, anunciou que estava contaminado com o coronavirús.
O COI informou que estão apenas classificados 57% dos 11 mil desportistas que deverão estar presentes nos Jogos. Para os restantes 43% e ante o elevado número de cancelamentos de provas classificativas, o COI prometeu flexibilidade às federações nacionais. Os novos critérios devem estar prontos em Abril e admite a hipótese de aumentar o sistema de convites “caso a caso” e “sob circunstâncias excecionais”.
O COI esclarece que a sua decisão de seguir em frente com os Jogos “não está determinada por interesses financeiros”. Mas vários Comités Olímpicos nacionais advertiram em teleconferência o presidente do COI, Thomas Bach, que pode estar em causa o princípio da igualdade. Em países como a Itália e Espanha onde já foi decretado o estado de emergência, os desportistas não se podem treinar.