Beatrice Chepkoech, campeã mundial dos 3.000 m obstáculos, desiludiu nos JO de Tóquio, falhando a conquista de uma medalha. Ela explicou agora a Omondi Onyatta as razões do seu falhanço.
Beatrice Chepkoech diz que é importante que os atletas ouçam os seus corpos e procurem um tratamento imediato no caso de qualquer desconforto.
A recordista mundial disse que o maior erro que cometeu em 2021 foi ignorar os sinais de alerta de uma lesão persistente, que lhe custou um lugar no pódio nos JO de Tóquio.
“Mesmo que seja uma lesão leve, não a ignore na esperança de que ela desapareça. Trate-a o quanto antes que se torne algo maior. Às vezes, a oportunidade de competir numa grande competição pode parecer irresistível, mas no final do dia, a sua saúde é o que mais importa”, disse Chepkoech.
https://27551a784cc07453a7b13cb4e785a741.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html Relatando os seus problemas tidos com a lesão no ano passado, a campeã africana dos 3.000 m obstáculos de 2018 lamentou o facto de que essas complicações terem surgido a uma semana dos testes nacionais para os Jogos Olímpicos.
“Foi algo que senti pela primeira vez, uma semana antes dos testes. Eu sabia que a classificação para os Jogos Olímpicos seria uma tarefa difícil com essa lesão e então, conversei com o manager”, disse ela. “Ele aconselhou-me a apenas competir e depois lidaríamos com isso. Infelizmente, as lesões pioraram durante os JO de Tóquio e só recuperei recentemente.”
Chepkoech, que registou um novo recorde mundial de 8.44,32 no Mónaco em 2018, acrescentou: “Em Fevereiro do ano passado, eu estava no auge da forma física e sentia-me prestes a ir para o próximo nível. Depois disso, talvez eu tivesse a sorte de bater mais uma vez, o recorde mundial.”
Em Tóquio, a medalhada de prata nos 1500 m dos Jogos da Commonwealth de 2018 marcou 9.16,33 para terminar num dececionante sétimo lugar.
Tendo superado os seus problemas da lesão, Chepkoech diz que está a dar um passo de cada vez enquanto procura escrever um novo capítulo na sua carreira.
“Claro, estarei muito em ação este ano. Por enquanto, o foco principal é defender o meu título mundial em Oregon. Posso optar por começar com os 1500 m no Campeonato Africano como preparação para o Campeonato Mundial. Quanto às outras competições, saberemos após consultas com a minha equipa”, disse ela.
Chepkoech esteve entre os competidores no Campeonato Nacional de Corta-Mato do Serviço Nacional de Polícia disputado na sexta-feira passada no Hipódromo de Ngong, Nairobi, onde ela correu nas estafetas mistas.
Ela descreveu a época de corta-mato como a hipótese perfeita para um atleta livrar-se de qualquer nervosismo antes de ir para a pista. “Isso dá-me a oportunidade de reajustar-me a um clima competitivo e remover quaisquer medos que possa ter. Esta temporada oferece a hipótese de melhorar a resistência e o trabalho de velocidade”, disse Chepkoech.