O Tribunal de Cassação francês anulou as penas de prisão do senegalês Papa Massata Diack, que será julgado novamente no Tribunal de Recurso por corrupção no caso de doping na Rússia, que data de 2011.
Papa Diack, filho de Lamine Diack, ex-presidente da IAAF (agora World Athletics), tinha sido condenado em primeira instância em 2020 e depois em recurso em 2023, a cinco anos de prisão por corrupção passiva, cumplicidade em corrupção passiva, corrupção e ocultação.
Este novo julgamento de Papa Massata Diack marca uma nova viragem neste caso de corrupção e doping de atletas russos em 2011, escândalo revelado em 2015 e que abalou o mundo do atletismo e do desporto em geral.
Em primeira instância e depois em recurso, Papa Massata Diack foi considerado culpado de cumplicidade num sistema de suborno destinado a ocultar casos de doping sanguíneo entre atletas russos em 2011, um ano antes dos JO de Londres.
Ao prolongar os procedimentos de sanção contra estes atletas com passaportes biológicos suspeitos, a IAAF permitiu que alguns deles participassem nos Jogos de Londres. Em troca, os principais patrocinadores russos renovaram os seus contratos com a IAAF, tendo em vista o Campeonato Mundial de 2013 em Moscovo.
Papa Massata Diack também foi considerado culpado de ter desviado fundos no valor de 15 milhões de euros provenientes de contratos de patrocínio, através de uma estrutura de empresas de fachada. O caso também precipitou a queda do seu pai e de outros quatro protagonistas.