Dois congressistas norte-americanos pediram à Agência Antidopagem dos Estados Unidos (USADA) e à Agência Mundial Antidopagem (WADA) para reconsiderarem a suspensão de um mês da atleta Sha’Carri Richardson, que acusou marijuana num teste antidoping realizado em 19 de Junho.
Numa carta ao CEO da USADA, Travis T. Tygart, e ao presidente da WADA, Witold Banka, os congressistas democratas consideram a proibição da marijuana de “um fardo significativo e desnecessário para as liberdades civis dos atletas”.
“Exortamos a reconsiderar as políticas que levaram a esta e outras suspensões para o uso recreativo da marijuana”, apontam eles na carta, datada de 2 de Julho e divulgada neste fim de semana pela imprensa local.
Além disso, eles apontam que a Major League Baseball, a Hockey League e a American Football League dos Estados Unidos eliminaram as sanções ao uso da marijuana, que indicaram ser legal em 19 estados do país, no Distrito de Columbia e na ilha americana de Guam.
Os legisladores consideraram que a punição “não tem respaldo em nenhuma evidência científica” e pode impedir Richardson de competir em Tóquio.
A USADA anunciou na sexta-feira que a sanção de Richardson, de 21 anos, será reduzida de três meses para um, depois de demonstrar que o uso da marijuana ocorreu fora da competição, não relacionado ao desempenho atlético, e posteriormente à conclusão bem-sucedida de um programa de tratamento de abuso de substâncias.
A sprinter norte-americana venceu os 100 metros nas seletivas olímpicas norte-americanas.