Este tem sido um ano com vários recordes mundiais, alguns deles já bem antigos. Os meetings da Liga Diamante deram uma boa contribuição, com os melhores atletas do mundo a surpreenderem, com desempenhos históricos numa época olímpica.
Karsten Warholm foi um dos atletas em destaque ao conquistar em Oslo um recorde mundial que durava há décadas, mas também houve 47 recordes nacionais.
A reluzente gama de desempenhos históricos também incluiu nove novos recordes da Liga Diamante, com sete atletas a merecer um particular destaque.
Yomif Kejelcha – Oslo
A estrela etíope Kejelcha foi o primeiro atleta a bater um recorde da Liga Diamante em 2021, ao vencer os 3000 m masculinos em Oslo no início de Julho. Kejelcha, de 24 anos, marcou 7.26,25, superando o anterior recorde de Jacob Kiplimo do Golden Gala de Roma, um ano antes. A vitória foi a única de Kejelcha no circuito da Liga Diamante deste ano, já que o seu compatriota Berihu Aregawi conquistou o Troféu Diamante 3000 m/5000 m em Zurique.
Karsten Warholm – Oslo
O desempenho brilhante de Kejelcha nos 3000 m foi apenas o segundo melhor momento do meeting, numa noite inesquecível em Oslo, quando Karsten Warholm bateu finalmente o recorde mundial dos 400 m barreiras de Kevin Young que durava há 29 anos. Nos últimos dois ou três anos, Warholm tinha-se aproximado várias vezes da marca de Young. Ele escolheu o momento perfeito para finalmente fazer história, marcando 46,70 s e deixando os espetadores noruegueses em êxtase. O tempo mais rápido na história das barreiras foi cerca de 20 centésimos mais rápido do que o anterior recorde anterior da Liga Diamante, de 46,92.
Femke Bol – Estocolmo
Depois de um ano marcante em 2020, a estrela holandesa Femke Bol confirmou-se como uma das maiores atletas mundiais dos 400 m barreiras femininos nesta época. Ela venceu seis das oito provas possíveis da Liga Diamante, no seu caminho para o primeiro Troféu Diamante da carreira em Setembro. Femke Bol começou a época com quatro vitórias consecutivas em Junho e Julho, a melhor das quais foi com o seu recorde de 52,37 em Estocolmo.
Elaine Thompson-Herah – Eugene
Depois de completar uma dobradinha histórica nos JO de Tóquio, a estrela do sprint jamaicana Elaine Thompson-Herah voltou as suas atenções para a Liga Diamante em Agosto, voltando-se para o primeiro Troféu Diamante em quatro anos. Ela começou sua corrida pelo título em grande estilo com uns impressionantes 10,54 nos 100 m em Eugene. A meio segundo do recorde mundial de Florence Griffith-Joyner, que durante muito tempo foi considerado imbatível, o desempenho de Thompson-Herah despertou novas esperanças de que ela ainda poderá ser a mulher mais rápida da história.
Ryan Crouser – Eugene
Embora o recorde de Thompson-Herah na Liga Diamante possa durar muitos anos, outros têm uma duração mais curta. Em Eugene, Ryan Crouser mostrou estar em grande forma no circuito quando bateu o recorde da Liga Diamante no seu primeiro lançamento no peso. O novo recorde da Liga Diamante de 22,95 m durou apenas alguns minutos, pois o campeão olímpico norte-americano foi ainda mais longe no quarto lançamento com 23,15 m, tornando-o o primeiro homem a ultrapassar a barreira de 23 metros no circuito da Liga Diamante.
Yulimar Rojas – Lausanne
Crouser não foi o único atleta nesta época a bater o recorde da Liga Diamante duas vezes numa só competição. Poucos dias depois, a recordista mundial e campeã olímpica Yulimar Rojas fez exatamente a mesma coisa no triplo salto em Lausanne. A venezuelana superou o anterior recorde da Liga Diamante que durava há sete anos da rival colombiana Caterine Ibarguen com um terceiro salto de 15,42 m, antes de adicionar mais 10 centímetros para marcar 15,52 no salto seguinte.
Anzhelika Sidorova – Zurique
O que poderia ser melhor do que ganhar a Liga Diamante com um recorde do circuito? Depois de ganhar a medalha de prata nos JO de Tóquio, Anzhelika Sidorova esperava coroar a sua época com o primeiro Troféu da Liga Diamante.
Com a tetracampeã e campeã em título Katerina Stefanidi fora de combate e a campeã olímpica Katie Nageotte a sofrer uma surpreendente saída antecipada em Zurique, o caminho estava livre para Sidorova conquistar a coroa. Ela não se limitou a vencer indo mais longe ao limpar 5,01 m, para tornar-se a segunda mulher na história a superar os cinco metros na Liga Diamante.