A atleta francesa Ophélie Claude-Boxberger, inicialmente suspensa por dois anos por doping pelo Comité de Sanções da Agência Francesa Antidoping (AFLD), viu agora a sua suspensão aumentada para quatro anos pelo Conselho de Estado francês.
A atleta tinha acusado EPO em Setembro de 2019 e regressado à competição neste último outono, participando em várias provas de pista coberta e, mais recentemente, no Campeonato Francês de 10 km.
Agora grávida de cinco meses, viu o Conselho de Estado aumentar a suspensão em mais dois anos. Aquando da suspensão por dois anos, a Agência Francesa Antidoping tinha recorrido ao Conselho de Estado para solicitar “uma sanção à altura da gravidade dos factos” .
Com efeito, segundo a Agência, para além do teste positivo para EPO, as explicações de Claude-Boxberger de ter levado uma infiltração contra a sua vontade por parte do então sogro, Alain Flaccus, durante um estágio em Font-Romeu em agosto de 2019, entre outras, enquadrava-se numa “falsificação” , levando, segundo o código mundial antidoping, a quatro anos adicionais.
Agora grávida de cinco meses, viu o Conselho de Estado aumentar a suspensão em mais dois anos, considerando que as justificações da atleta, seguidas das sanções da Comissão da AFLD, não eram admissíveis. “Daí resulta que o Comité de Sanções baseou-se em factos erróneos ou incorretamente qualificados para considerar que circunstâncias particulares justificavam a redução da duração das proibições impostas para dois anos” , indicou a decisão do Conselho de Estado.
Claude-Boxberger planeava correr uma maratona para conseguir os mínimos para os JO de Paris 2024. Como a suspensão deve durar até abril de 2024, o seu futuro desportivo é ainda mais incerto.