A corrupção no desporto volta a estar em foco na Rússia. De acordo com a agência russa TASS, Robert Popov enfrenta acusações de ser cúmplice de apropriação indevida em grande escala e foi detido por um período de pelo menos dois meses.
Popov e o ex-vice-presidente do Comité Olímpico Russo (ROC), Gennady Aleshin, são suspeitos de “auxiliar na apropriação indevida ou desfalque por um grupo organizado ou numa escala especialmente grande”, relatou a TASS .
Um processo penal foi aberto no caso, ligado à prisão de Alexander Kravtsov, chefe do Centro de Preparação Desportiva das seleções russas.
Kravtsov, Chefe da Missão da Rússia nos Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi 2014, é suspeito de empregar várias pessoas que não chegaram a trabalhar em vários cargos mas que recebiam um salário. Suspeita-se que o valor pago foi superior a 160 mil euros.
A prisão de Popov marca a última crise do escândalo da Federação Russa de Atletismo (RusAF), que foi suspensa como membro da World Athletics desde Novembro de 2015 após alegações de doping patrocinado pelo Estado.
O atletismo russo recebeu um impulso em Março, quando a World Athletics restabeleceu o programa que permite aos competidores do país participarem em grandes eventos como atletas neutros.
A RusAF ainda está a tentar restaurar o seu estatuto junto da World Athletics e a presidente Irina Privalova alegou que Popov, sendo colocado em prisão domiciliária não afetaria os seus esforços.
“Pelo que sabemos, a detenção de Robert Popov foi o resultado de atividades no seu local de trabalho anterior, ele tem trabalhado na ARAF (RusAF) apenas desde Novembro de 2019”, disse Privalova à TASS.
“A sua prisão, espero, não afetará o processo de restauração da ARAF nos seus direitos internacionais. As atividades antidopagem na Federação são chefiadas por outro funcionário, e o trabalho terá continuidade no volume necessário”.