Cuba anunciou nesta última quinta-feira, a eliminação da obrigatoriedade de repatriação exigida aos seus atletas emigrados para poderem participar em competições na ilha. Esta decisão foi tomada quando o país enfrenta uma onda migratória que envolve atletas de elite em várias modalidades.
“Concluídos os passos necessários, informamos que a repatriação não é mais uma exigência para que cubanos residentes no exterior participem nos eventos nacionais”, disse no Twitter, o Instituto Cubano de Desportos.
Até agora, para participar nos eventos organizados pelas federações locais, os atletas cubanos emigrantes eram obrigados a repatriar-se, um passo que nem todos estavam dispostos a dar.
O anúncio da medida, uma reivindicação antiga de atletas e treinadores, surge no meio de uma grave crise económica na ilha e que provocou uma onda migratória, principalmente de jovens.
Quatro jogadores de futebol deixaram na terça-feira passada a seleção que disputa o Campeonato da Concacaf, nos Estados Unidos, elevando para mais de 30 o número de atletas cubanos que fugiram nos primeiros seis meses deste ano.
Esta prática, cujos casos mais notórios desde o início deste ano, foram os campeões mundiais Yoenlis Feliciano Hernández (boxe) e Denia Caballero (disco), atingiu, nos últimos dois anos, mais de dez modalidades, a maioria delas, olímpica. Entre elas, estão o boxe, atletismo, judo, remo, tiro e ténis de mesa.
Outros atletas optaram por emigrar legalmente, como o jogador de beisebol Yariel Rodríguez, primeiro lançador de Cuba no V Clássico Mundial em março.