- Na primeira edição da Superliga do Europeu de Seleções com apenas oito equipas (que na prática foram sete pois a Ucrânia, com casos de Covid’19 na equipa, não chegou a deslocar-se), a tarefa da seleção portuguesa foi muito ingrata, já que as restantes seleções eram muito superiores. Não admirou pois que, em 15 das 20 provas masculinas e em 13 das femininas, Portugal se classificasse num dos dois últimos lugares (15 vezes 6º, 13 vezes 7º) e que em apenas duas provas masculinas (vitória de Isaac Nader nos 3000 m e 2º lugar de Pedro Pichardo no triplo) e em três femininas (triunfo de Liliana Cá no disco, 2º lugares de Salomé Afonso nos 1500 m e de Auriol Dongmo no peso), Portugal ficasse na primeira metade das classificações. Foram 4ª classificadas, a meio da tabela, Cátia Azevedo nos 400 m e a equipa de 4×100 m.
- Tal como vem sendo hábito, a equipa feminina somou mais pontos que a masculina: 53 contra 44,5 – uma diferença assinalável. No setor feminino, Portugal não ficou muito distante da França, que em duas provas não teve qualquer ponto. A França somou 64 pontos contra 53 de Portugal.
- Foram batidos dois recordes da participação portuguesa neste Europeu e na Taça da Europa que o antecedeu: Leandro Ramos, com 76,18 no dardo (antes: Filipe Ventura, 69,65 em 2000), e Auriol Dongmo, com 18,74 no peso (antes: Teresa Machado, 17,18 em 1996). Apesar da vitória no disco, Liliana Cá, que lançou 61,36, ficou aquém da marca de Teresa Machado em 1999 (61,93). Quem ficou perto do recorde foi Anabela Neto, que passou 1,81 em altura, apenas um centímetro menos que Sónia Carvalho em 2001.
- Vânia Silva somou a sua 19ª presença (consecutiva!) na competição, desde 1999, ultrapassando Teresa Machado, com 18 presenças entre 1987 e 2007. Patrícia Mamona teve a 7ª presença, Cátia Azevedo a 6ª e Vera Barbosa a 5ª. No setor masculino, Diogo Antunes participou pela 5ª vez nos 4×100 m, Diogo Ferreira pela 3ª na vara e Mauro Pereira pela 3ª nos 4×400 m. Todos os restantes têm agora apenas uma ou duas presenças.
- Enquanto a seleção masculina é bastante jovem, com nada menos de seis sub’23 nas provas individuais (Delvis Santos, Nuno Pereira, Isaac Nader, Etson Barros, Ruben Antunes e Leandro Ramos) e mais dois em estafetas (João Coelho e Ericsson Tavares) – a feminina teve apenas Lia Lemos. Já em termos de veterania, é preocupante o que se passa no setor feminino: em 10 das 18 provas individuais, as atletas nacionais tinham mais de 30 anos, incluindo Vânia Silva, já do escalão dos 40 anos, e Lorène Bazolo, dos 35 anos, ao qual está a chegar Liliana Cá.
E o panorama futuro no setor femenino não está muito famoso, e para ver isso basta ver os atletas já com mínimos para o Europeu de sub23.
Ao dia de hoje já têm mínimos 19 atletas masculinos e 11 femininos.