A final dos 100 metros é sempre uma das mais aguardadas. Os 100 m são vistos há muito tempo como o teste decisivo para os melhores sprinters mundiais, com o detentor do recorde mundial masculino, muitas vezes referido como o ‘homem mais rápido do mundo’.
O primeiro recorde mundial registado foi em 1891 e pertenceu ao norte-americano Luther Cary em 10,8 em Paris. O primeiro a ser ratificado pela IAAF foi há 110 anos, em 1912, quando o norte-americano Donald Lippincott correu a pré-eliminatória em 10,6 s nos JO de Estocolmo.
Os norte-americanos Jesse Owens correram em 10,2 (1936) e Leamon King em 10,1 (1956). O cubano Enrique Figuerola foi o primeiro a correr a distância em 10,00. O seu compatriota Silvio Leonard foi o primeiro sprinter a baixar dos 10,00, em 9,9 (1975).
Nesses tempos, as marcas eram cronometradas manualmente. Só em 1977, passou a ser obrigatória a cronometragem eletrónica para um recorde mundial. Foi também quando as marcas começaram a ser cronometradas em centésimos em vez de décimos de segundos.
O primeiro recorde eletrónico pertence ao norte-americano Bob Hayes com 10,06 em 1964. Jim Hines em 1968 com 9,95 foi o primeiro atleta a baixar dos dez segundos eletrónicos.
Desde 1987, o recorde mundial dos 100 metros masculinos nunca durou mais de três anos e três meses. Até Agosto de 2009, quando o jamaicano Usain Bolt estabeleceu o atual recorde mundial que ainda perdura.
O tempo de Bolt de 9,58 s fez com que ele chegasse a surpreendentes 44,72 km/hora quando ele atingiu o máximo na final dos 100 m do Mundial de Berlim 2009.
Nenhum outro sprinter conseguiu quebrar a barreira dos 9,60, com Bolt a registar 9,63 em Londres 2012. A seguir a Bolt, os sprinters mais rápidos são o norte-americano Tyson Gay e o jamaicano Yohan Blake, ambos em 9,69, respetivamente em 2009 e 2012.