A espanhola Elena Congost, inicialmente terceira na maratona da categoria T12 (reservada aos deficientes visuais) dos Jogos Paralímpicos de Paris, no dia 8 de setembro, acabou por ser desclassificada devido ao facto de ela ter soltado a corda do seu guia, Mia Carol, enquanto ele lutava contra uma cãibra na reta final, a dois metros da meta.
As regras paralímpicas determinam que todos os corredores no evento da maratona T12 devem estar conectados ao seu guia através de uma corda. Caso contrário, os atletas serão desclassificados.
Agora, Elena Congost pediu ao COI, ao Comité Paraolímpico Internacional, ao Comité Organizador Paris 2024 e ao Ministro do Desporto francês que lhe concedessem a medalha de bronze que ela acredita merecer.
“Sendo o objetivo desta carta apelar ao seu bom senso e ao seu senso de justiça, não iremos – nesta fase – desenvolver um argumento jurídico detalhado estabelecendo que a regra em questão, tal como aplicada neste caso, é ilegal e que Madame Congost deve de facto receber a medalha de bronze que legitimamente conquistou, muito disputada, na estrada e na pista (o que de forma alguma significa que esta medalha deva ser retirada à atleta que terminou em 4º: mais uma vez, o bom senso e a justiça facilmente nos permitem considerar que – neste caso – a atribuição de uma medalha de bronze tanto a Madame Congost como à sua concorrente será a melhor solução)”, escreveram Jean-Louis Dupont e Martin Hissel, advogados de Elena Congost que, portanto, ainda não iniciaram o processo judicial.