Foi uma noite quente em Eugene neste domingo com os sucessos de Shelly-Ann Fraser-Pryce (100 m), Grant Holloway (110 m barreiras), Katie Nageotte (salto com vara), Ryan Crouser (peso).
Fraser-Pryce, rainha dos 100 m
As jamaicanas foram as rainhas da final dos 100 metros ocupando os três lugares do pódio, tal como fizeram os norte-americanos em masculinos. Shelly-Ann Fraser-Pryce conquistou o seu quinto título de campeã mundial no excelente tempo de 10,67 (+0,8 m/s), recorde dos Campeonatos. A prata foi para Shericka Jackson com 10,73, enquanto a bicampeã olímpica da especialidade Elaine Thompson-Herah ficou com o bronze em 10,81. A britânica Dina Asher-Smith bateu o recorde nacional com 10,83 sendo quarta.
Ryan Crouser impõe-se no lançamento do peso
Antes dos 100 m femininos, os espetadores já tinham vibrado com as finais dos 110 m com barreiras e do lançamento do peso, aqui com a dupla norte-americana Ryan Crouser-Joe Kovacs a dar espetáculo. Este último, atual campeão mundial, assumiu o comando na primeira tentativa com 22,63 m, depois Crouser, recordista mundial (23,37 m em 2021 nos Trials) e bicampeão olímpico, assumiu a liderança no lançamento seguinte com 22,71 m.
Depois, Kovacs disparou um lançamento notável a 22,89 m na sua quinta tentativa. A última palavra foi para Crouser, com um lançamento vencedor de 22,94 m, também na sua quinta tentativa. Nunca foi necessário lançar tão longe para ser-se campeão do mundo. O pódio foi 100% norte-americano com Josh Awotunde a ser terceiro com 22,29 m, novo recorde pessoal.
Devon Allen desqualificado, Grant Holloway rei dos 110 barreiras
Enquanto decorria a final do peso, os 110 m barreiras foram palco do primeiro “drama” destes Mundiais. Querido do estádio, Devon Allen foi desclassificado por falsa partida (0,099 milésimos). Quem aproveitou foi outro norte-americano, Grant Holloway que com 13,03 (+1,2 m/s) manteve o título conquistado em Doha 2019. As outras medalhas foram para o seu compatriota Trey Cunningham em 13,08 e o espanhol Aiser Martinez em 13,17, novo recorde pessoal. De notar, a ausência de última hora do campeão olímpico Hansle Parchment por lesão.
Katie Nageotte confirma no salto com vara
Medalhada nos JO de Tóquio, Katie Nageotte confirmou o seu favoritismo sagrando-se campeã mundial pela primeira vez com um salto a 4,85 m, melhor desempenho mundial da época. Também com 4,85 ficou a sua compatriota Sandi Morris enquanto a australiana Nina Kennedy ficou com o bronze ao saltar 4,80.
Ingebrigtsen, Ceh e Stahl em gestão nas suas meias-finais
Nos 1.500 m, fiel a si mesmo, o campeão olímpico Jakob Ingebrigtsen correu a sua meia-final partindo em último lugar para se reposicionar aos 300 metros e marcar o seu ritmo na pista 1.
Ainda em gestão, limitou-se a garantir um dos cinco lugares que garantiam um lugar na final, sendo terceiro em 3.37,02. Nesta série, também se classificaram, Timothy Cheruiyot (4º em 3.37,04) e Josh Kerr (1º em 3.36,92).
Na outra meia-final, corrida de forma mais rápida, os sete primeiros classificados garantiram a presença na final. Abel Kipsang venceu em 3.33,68, melhor desempenho do ano. O espanhol Mohamed Katir (2º em 3.34,45) e o britânico Jake Wightman (3.34,48) estão na final, enquanto o queniano Kumari Taki, vítima de uma queda no início da prova, foi último com 3.50,15.
Finalmente, não houve surpresa nas qualificações do lançamento do disco. Kristjan Ceh (68,23 m), Mykolas Alekna (68,91 m), Daniel Stahl (65,95) e Andrius Gudzius (66,60 m) vão estar na final marcada para a noite de segunda para terça-feira.