A cazaque Norah Jeruto venceu os 3.000 m obstáculos, Sydney McLaughlin impressionou nas meias-finais dos 400 m barreiras, o sul-africano Wayde van Niekerk classificou-se nos 400 m para a sua primeira grande final desde 2017.
Para além das provas com participação portuguesa de que demos notícia à parte, tivemos um conjunto de provas de grande interesse nesta madrugada. A encerrar a sessão, tivemos a final dos 3.000 m obstáculos com a cazaque Norah Jeruto, de 26 anos, a vencer em 8.53,02, novo recorde dos Mundiais, depois de ter liderado a prova quase toda. Seguiram-se duas etíopes, Werkuha Getachew em 8.54,61, novo recorde nacional, e Mekides Abebe em 8.56,08, novo recorde pessoal.
Nas eliminatórias dos 800 m, o melhor tempo pertenceu ao canadiano Marco Arop em 1.44,56. O britânico Max Burgin, detentor da melhor marca mundial do ano, desistiu por lesão. E pela primeira vez na história dos Mundiais, não haverá norte-americanos nas meias-finais dos 800 m.
Nas meias-finais dos 400 m, o norte-americano Michael Norman assumiu o seu papel de favorito ao vencer a sua meia-final em 44,30, à frente do britânico Matthew Hudson-Smith (44,38), candidato a bater o recorde europeu (44,33) do alemão Thomas Schonlebe, datado de 1987.
O sul-africano Wayde van Niekerk, recordista mundial, bicampeão mundial e campeão olímpico, conseguiu classificar-se para a sua primeira final em grandes competições desde 2017 graças ao seu segundo lugar conquistado em 44,75 atrás do norte-americano Champion Allison (44,71) na última das três meias-finais. Gravemente lesionado no joelho direito em outubro de 2017, Van Niekerk, de 31 anos, tem tido desde então, várias lesões e foi apenas semifinalista nos JO de Tóquio.
A final dos 400 m barreiras femininos, marcada para sexta-feira, promete grandes resultados pela facilidade demonstrada pela norte-americana Sydney McLaughlin nas meias-finais. O seu recorde mundial (51,41) está claramente em perigo após a sua demonstração em 52,17, a melhor de todas as oito qualificadas. Teremos quatro norte-americanas na final, com a atual campeã Dalilah Muhammad (53,28), Shamier Little (53,61) e Britton Wilson (53,72).
A neerlandesa Femke Bol, apurou-se também facilmente em 52,84, confirmando que será a rival de eleição de McLaughlin. A lista de finalistas para a final contar ainda com a jamaicana Rushell Clayton (53,63) e a panamiana Gianna Woodruff, que bateu o recorde da América Central em 53,69.
No lançamento do dardo, apenas três atletas ultrapassaram os 62,50 m, marca de qualificação direta para a final. A japonesa Haruka Kitaguchi foi a melhor com 64,32 m à frente da chinesa campeã olímpica Liu Shiying (63,86 m) e da lituana Liveta Jasiunaité (63,80 m). A atual campeã mundial australiana Kelsey-Lee Barber (61,27 m) foi quinta e vai defender o seu título na final na noite de sexta-feira.
A norte-americana Maggie Malone, detentora da melhor marca mundial do ano (65,73 m), ficou de fora ao lançar apenas 54,19 m, assim como a campeã olímpica de 2016, a croata Sara Kolak com três nulos! A última qualificada, a australiana Mackenzie Little, alcançou 59,06 m, um desempenho excecionalmente baixo. Temos de recuar a 2005 para encontrarmos uma repescagem tão baixa (também em 59,06 m).