A Federação Portuguesa de Atletismo acaba de publicar os resultados do Campeonato de Portugal e a lista de campeões e, surpreendentemente, Diogo Ferreira surge como campeão nacional de salto com vara, a par de João Pedro Buaró (que até aparece depois…), apesar de ter perdido a prova. Enquanto Buaró, na Ribeira Brava, passou 5,05 à primeira tentativa, Diogo Ferreira, em Lisboa, conseguiu-o à segunda. No entanto, a Federação baseia-se numa norma que colocara no regulamento na qual afirma que os lugares de honra e as medalhas seriam atribuídas “não tendo em consideração as formas de desempate referidas no regulamento da WA” (World Athletics). Mas se se justificava que não se considerassem, na altura e vara, os desempates em caso de necessidade de saltos extra (quando os atletas estão em igualdade absoluta no número de derrubes) – seria difícil em pistas separadas – é inacreditável não considerar as classificações reais.
Mas há mais surpresas. Lamentavelmente, nada nos regulamentos da competição referia a realização de campeonatos sub’23. Agora (e bem, embora tardiamente), a Federação anuncia as “medalhas atribuídas aos atletas sub’23” (não fala em campeonatos, mas enfim…). Com um pormenor lamentável: os atletas juniores foram excluídos! Ou seja, os Nacionais de Juniores puderam (e bem) ser ganhos por atletas juvenis; os de Sub’23 não admitem campeões (ou medalhados) juniores. Porquê? Recorde-se que, em 2016, quando o Nacional de Sub’23 foi integrado no Campeonato de Portugal, os juniores também não foram considerados, mas o erro foi emendado nos anos seguintes. Até este fim-de-semana.
Em suma: uma época atípica e em que as decisões (ou antes “invenções”…) federativas foram de mal a pior…