As finais do dia
A surpresa entre as finais deste segundo dia foi a derrota do cubano Juan Echevarria no comprimento. Conseguira 8,35 na qualificação e agora ficou-se pelos 8,34, em 3º lugar. Mas o mérito foi todo do jamaicano Tajay Gayle, de 23 anos, que tinha 8,32 como recorde pessoal (e 8,20 como melhor na época passada) e nesta final abriu logo com 8,46 e chegou a 8,69 (v:+0,5) no seu quarto e último ensaio (prescindiu dos dois últimos), a melhor marca mundial dos últimos 10 anos!. O norte-americano Jeff Henderson foi segundo com 8,39. O melhor europeu foi o espanhol Eusébio Cáceres, 7º com 8,01.
Uma das mais aguardadas finais era a de 100 metros masculinos, que foi excelente, com cinco atletas a menos de 10 segundos e o campeão, Christian Coleman, a fazer a melhor marca mundial do ano (9,76), sendo 6º de sempre. Desforrou-se da derrota que Justin Gatlin lhe impôs em 2017. Gatlin que, aos 37 anos, ainda conseguiu 9,89, conquistando a sua 5ª medalha nos 100 m em Mundiais (duas de ouro e três de prata)! O canadiano Andre de Grasse fechou o pódio com um recorde pessoal de 9,90.
A norte-americana DeAnna Price confirmou o favoritismo no martelo, estando na frente desde o primeiro ensaio (76,87 a abrir e 77,54 no terceiro ensaio, os dois melhores lançamentos da tarde). A polaca Joanna Fiodorow foi segunda com um recorde pessoal de 76,35, logo a abrir.
Nos 10.000 metros, a holandesa Sifan Hassan conseguiu a sua terceira medalha em Mundiais, depois dos bronzes em 1500 m (2015) e 5000 m (2017). Ganhou com a melhor marca mundial do ano (30.17,62) numa distância que correu apenas pela segunda vez: tinha mais de um minuto como recorde pessoal (31.18,12). Agora vai apostar nos 5000 m. As quatro seguintes (2º ao 5º lugares) bateram todas, recordes pessoais: a etíope Letesenbet Gidey (30.21,23) e as quenianas Agnes Tirop (30.25,20), Rosemary Wanjiru (30.35,75) e Hellen Obiri (30.35,82). Entre as 10 primeiras, nada menos de sete fizeram as suas melhores marcas de sempre!
As eliminatórias/qualificações
Uma das sensações do dia foi a eliminação de Renaud Lavillenie, apenas 15º na qualificação da vara, com 5,60 (falhou 5,70). Recordista mundial com 6,16 e campeão olímpico em 2012, com prata em 2016, o francês ganhou cinco medalhas nos cinco anteriores Mundiais (uma de prata, quatro de bronze) e foi três vezes campeão europeu, para além dos sete títulos mundiais e europeus em pista coberta! Os seus 33 anos de idade e uma longa carreira podem ser a explicação… Estará “representado” pelo irmão, Valentin Lavillenie, que conseguiu 5,70 à primeira tentativa.
Houve 8 atletas a passarem a marca de qualificação (5,75), entre os quais todos os restantes favoritos. O polaco Pawel Wojciechowski, com 5,87 esta época, também ficou fora da final (passou 5,70 mas apenas à 3ª).
Nas outras eliminatórias e qualificações da tarde, os melhores foram Daniel Stahl (SUE) no disco, com 67,88 (único com qualificação automática); Emmanuel Korir (QUE) nos 800 m, com 1.45,16 (o melhor da época, Nijel Amos, com 1.41,89, não participou por lesão); e Karsten Warholm (SUE), o grande favorito dos 400 m barreiras, com “descansados” 48,28. Na estafeta mista de 4×400 m (uma “invenção” algo estranha, principalmente por não fixar percursos masculinos e femininos), os Estados Unidos fizeram a melhor marca e estabeleceram recorde mundial: 3.12,42.
A jornada de domingo
Este domingo, na 3ª jornada do Mundial, teremos Pedro Pichardo na final do triplo (às 19.45 h portuguesas), com boas possibilidades de chegar ao pódio (resta saber em que degrau…), e Ana Cabecinha nos 20 km marcha (às 21.30 h), com mais um lugar de finalista (8 primeiras) como objetivo. As outras finais do dia serão as de vara (F), às 18.40 h, 4×400 m (mistos), às 20.35 h, e 100 m (F), às 21.20 h.