A nigeriana Nzubechi Grace Nwokocha foi suspensa provisoriamente pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) após testar positivo para as substâncias proibidas ostarine e ligandrol.
O Ostarine é um esteroide anabolizante que ajuda os consumidores a construir rapidamente músculos, mas não é aprovado para uso humano e é proibido pela USADA (Agência Antidoping dos Estados Unidos). É um dos mesmos produtos dopantes que o sprinter britânico CJ Ujah testou positivo após os JO de Tóquio. O Ligandrol é usado para aumentar a energia, melhorar o desempenho atlético e aumentar o crescimento muscular.
Nwokocha, de 21 anos, fez parte da estafeta 4×100 m que conquistou a medalha de ouro nos recentes Jogos da Commonwealth disputados em Birmingham.
Duane Ross, treinador de Nwokocha na Universidade A&T da Carolina do Norte, já esteve suspenso por dois anos por tentativa de uso, posse e tráfico de doping para melhorar o desempenho. O seu filho Randolph Ross, atleta olímpico dos Estados Unidos nos 400 m, foi mandado para casa do Mundial de Atletismo, no dia anterior à sua prova por ter adulterado o processo antidoping, após uma tentativa mal sucedida de testes em junho.
O teste positivo para uma substância proibida acarreta uma pena de até quatro anos. Se for considerada culpada, Nwokocha pode falhar os JO de 2024 em Paris e os Jogos da Commonwealth de 2026 na Austrália.
A suspensão de Nwokocha pode levar a Inglaterra a ser promovida ao ouro e a Jamaica à medalha de prata. A Austrália, que terminou em quarto lugar, receberá a medalha de bronze.
Nos JO de Tóquio e no Mundial de Eugene, Nwokocha chegou às meias-finais nos 100 m e 200 m.