A queniana Alice Aprot, campeã africana dos 10.000 m em 2015, foi suspensa por quatro anos. A sentença foi confirmada pelas autoridades nacionais depois da atleta ter contestado a sentença inicial da Agência Antidoping do Quénia (ADAK).
A análise feita a Alice Aprot terá acusado a presença do metabólito proibido Letrozole Metanol. Ela apresentou a sua defesa em 5 de outubro do ano passado, negando as acusações dizendo que o medicamento não tinha sido tomado intencionalmente.
Aprot afirmou que estava no Centro de Treinos em 28 de maio do ano passado, quando sentiu fortes dores nos seios e dirigiu-se de imediato à farmácia mais próxima para ser tratada.
Aprot disse que explicou ao farmacêutico que era uma atleta e que não podia tomar nenhum medicamento que contivesse qualquer substância proibida.
Disse ainda, que não tomou as substâncias proibidas consciente ou intencionalmente e desejava que a pena fosse anulada.
Finalmente, alegou que sentia dores e que não se preocupou em verificar se o remédio prescrito na farmácia continha substâncias ilícitas, o que deveria ser um procedimento normal de um atleta.
Na sentença agora divulgada, é dito que “os atletas têm a responsabilidade final de garantir que compreendem o que é o doping”.
A sentença entrou em vigor com efeitos retroativos a 14 de julho de 2022, com todas as consequências resultantes, incluindo a perda de qualquer medalha, pontos e prémios.
Ela estava entre os 20 desportistas que Agência Antidoping do Quénia tinha suspendido provisoriamente por violação das regras de doping, no início de janeiro deste ano.
Só no ano passado, mais de 40 atletas quenianos foram suspensos por vários delitos de doping.