A maratonista queniana Salina Jebet foi suspensa por sete anos por doping e apresentação de registos médicos falsos à Unidade de Integridade do Atletismo (AIU).
A atleta de 37 anos foi suspensa provisoriamente em julho de 2023 depois de ter acusado a substância proibida 19-norandrosterona num teste feito numa maratona na China.
Quando as investigações começaram, a atleta falsificou documentos médicos e deu um falso testemunho, o que lhe causou ainda mais problemas, com a sua suspensão estendida dos habituais quatro para sete anos.
Jebet disse aos funcionários da AIU que ela não se tinha dopado intencionalmente, mas que havia sido diagnosticada com osteortireite em março de 2023 e que havia visitado um médico em julho daquele ano, quando a situação piorou.
Ela apresentou uma solicitação de pagamento e uma prescrição dum hospital e uma carta dum médico, datada de 21 de agosto de 2023.
A AIU pediu que ela fornecesse mais documentos, incluindo uma prescrição datada de 3 de março de 2023, uma radiografia hospitalar feita em julho de 2023 e a licença do médico, além de solicitar que a Agência Antidoping do Quénia (ADAK) determinasse a veracidade das afirmações da atleta.
A resposta da ADAK, no entanto, confirmou que não havia registo no banco de dados do hospital para determinar que a atleta tinha recebido tratamento na unidade. O hospital também não tinha qualquer registo do medicamento referido pela atleta.
O hospital só teve registo da visita da atleta às instalações em agosto de 2023, depois que de ela ter sido sinalizada por violação da regra antidoping, quando foi a uma clínica.
A unidade médica também não considerou a carta com o nome da atleta que foi apresentada à AIU e o relatório do médico foi considerado não autêntico.
Concluiu-se, portanto, que Jebet tinha-se dopado e tentado intencionalmente usar registos médicos falsos para encobrir o seu crime, o que lhe rendeu mais quatro anos de suspensão pelo crime de adulteração. Foi somente em maio deste ano que Jebet admitiu todas as culpas no processo.