De acordo com a agência de notícias russa TASS, a Federação Russa de Atletismo contratou os ex-marchadores Sergei Kirdyapkin, Olga Kanishkina e Yelena Lashmanova como treinadores.
Parece que pouco ou nada mudou na Rússia no combate ao doping pois os três ex-marchadores tinham sido suspensos por doping quando competiam pelo seu país.
Sergei Kirdyapkin
Kirdyapkin perdeu a medalha de ouro olímpica de 2012 nos 50 km marcha por decisão do Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) em 2016. Ele foi suspenso por três anos e dois meses, com início a outubro de 2012, dando-lhe tempo para ainda se qualificar para os JO do Rio de Janeiro de 2016. No entanto, a Rússia não competiu no atletismo devido à suspensão imposta pela World Athletics, por causa do doping sistemático.
Olga Kanishkina
Kaniskina fazia parte de um grupo de treino de Viktor Chegin. Mais de uma dúzia de membros desse grupo foram suspensos por violações de doping. Em janeiro de 2015, Kaniskina foi desclassificada por três anos e dois meses, a partir de outubro de 2012. Foram anulados todos os seus resultados entre julho de 2009 e setembro de 2009, bem como entre julho de 2011 e novembro de 2011, incluindo duas medalhas de ouro em Campeonatos Mundiais.
Em março de 2015, a World Athletics interpôs recurso ao TAS de Lausanne, questionando a desclassificação seletiva dos períodos de suspensão dos seis atletas envolvidos, incluindo o de Kaniskina que lhe permitiu manter a medalha de prata olímpica.
Kaniskina recebeu do Governo russo, prémios monetários de cerca de 135.000 dólares, em eventos dos quais, ela foi posteriormente desqualificada.
Yelena Lashmanova
Lashmanova foi campeã dos 20 km marcha nos JO de Londres 2012. Em 2021, ela recebeu uma suspensão de dois anos por doping, juntamente com uma penalidade semelhante para a maioria dos seus companheiros de treino. Em março de 2022, ela ficou sem a sua medalha de ouro olímpica, após a decisão do Comité Olímpico Internacional, devido ao doping sistemático na Rússia.
O denunciante russo, Dr. Grigory Rodchenkov, afirmou que a amostra positiva de Lashmanova nos JO de Londres de 2012, foi substituída por engano por outro resultado de teste positivo do programa estadual de doping. Ele afirmou também que Lashmanova teve pelo menos duas análises antidoping positivas que não foram relatadas e que esta foi relatada apenas porque foi testemunhada por especialistas não-russos.