O Tribunal Arbitral do Desporto recusou os recursos apresentados pela indiana Gomathi Marimuthu e pelo marroquino El Mahjoub Dazza, mantendo a ambos a suspensão de quatro anos.
Gomathi, de 32 anos, fica suspensa até 16 de Maio de 2023, a contar da data da sua suspensão provisória, 17 de Maio de 2019.
A atleta tinha vencido os 800 m no Campeonato Asiático em 2019, mas mais tarde foi apanhada por doping. A sua amostra de urina, recolhida em 22 de Abril de 2019 durante o Campeonato Asiático, continha 19-norandrosterona, um metabólito do esteroide nandrolona.
Gomathi já havia falhado três testes antes do Campeonato Asiático de 2019. No seu recurso, Gomathi alegou que sofria de Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), que, combinada com um aborto “espontâneo” em Janeiro de 2019 após gravidez até então não revelada, poderia ter causado concentração anormalmente elevada de 19-norandrosterona na sua urina .
Ela também alegou que havia um processo de teste impróprio, resultando na falta de confiabilidade dos resultados. Mas todas essas alegações foram rejeitadas pelo TAS.
Quanto ao marroquino Dazza, ele foi suspenso provisoriamente em Janeiro do ano passado, após a deteção de anomalias no seu passaporte biológico. Posteriormente, ele foi suspenso por quatro anos.
Dazza apelou ao TAS, argumentando que o treino em altitude, combinado com elevadas temperaturas, foram responsáveis pelo aumento do nível de hemoglobina e queda da concentração de reticulócitos.
Dazza também questionou a forma como as amostras teriam sido manuseadas e que, mesmo que ele tivesse violado as regras antidoping, uma suspensão de quatro anos, era uma punição exagerada.
Dazza mantém-se suspenso até 10 de Janeiro de 2024, dois meses antes de completar 33 anos. Os resultados do marroquino a partir de 4 de Maio de 2019, que inclui o triunfo nas Maratonas de Praga e de Fukuoka também foram anulados.