Eliud Kipchoge já anunciou a sua presença na Maratona de Berlim que se disputa em 24 de setembro, com o objetivo de alcançar a sua quinta vitória no percurso plano e rápido. Muitos esperavam que ele optasse pela Maratona de Nova York em novembro, como preparação para o percurso acidentado dos JO de Paris.
Um dos possíveis adversários de Kipchoge em Berlim será outro queniano, Kelvin Kiptum, o segundo homem mais rápido da história.
Numa entrevista coletiva virtual com a imprensa, Kipchoge falou do possível confronto com Kiptum em Berlim. “Kiptum tem todo o poder para fazer o que quiser. Eu fiz o suficiente. Confio que o que fiz no mundo (desportivo) será respeitado. De qualquer forma, desejo-lhe felicidades… Se Kiptum correr abaixo das 2h, ele será sempre o segundo (a fazê-lo). Eu fui o primeiro. Então, não tenho nenhuma preocupação.”
Nas duas maratonas que correu, Kiptum, de 23 anos, venceu em ambas as ocasiões. Na estreia, venceu em Valência de 2022 com o registo de 2h01m53s e depois em Londres de 2023 em 2h01m25s, batendo assim o recorde do percurso que pertencia a Kipchoge.
Apenas três homens na história correram abaixo de 2h02m, e Kiptum é o único maratonista a fazê-lo com menos de 35 anos. Embora Kiptum não tenha sido anunciado para a Maratona de Berlim de 2023, houve muita especulação sobre ele na edição deste ano. Após a sua vitória em Londres, ele falou do interesse em experimentar o percurso de Berlim. Foi lá que foram estabelecidos os últimos oito recordes mundiais da maratona masculina, desde o recorde de Paul Tergat de 2h04m55s em 2003.
Na Maratona de Boston deste ano, Kipchoge teve um problema numa perna que acabou por lhe render a sua segunda derrota nos últimos seis anos ao terminar em sexto lugar. “Não tenho controle sobre o que aconteceu em abril em Boston. Não adianta ficar a pensar. Eu posso apenas controlar as coisas que estão a acontecer agora e preparar-me para Berlim.”
É conhecido o grande objetivo do bicampeão olímpico, ser o primeiro atleta a vencer três maratonas olímpicas consecutivas. Ele acredita que Berlim será a maratona ideal para se preparar para o ouro em Paris, dando-lhe quase dez meses para treinar antes dos Jogos.
Kiptum não estará presente no Mundial de Budapeste, dando a entender que uma maratona de outono estará de facto no seu calendário.