As discussões entre Nafissatou Thiam e a Federação Belga de Atletismo sobre a assinatura do código de conduta terminaram sem que um acordo fosse alcançado. Apesar disso, a tricampeã olímpica do heptatlo foi autorizada a competir no Mundial de Tóquio.
O tempo estava a esgotar-se para a Belgian Athletics, a Federação Belga de Atletismo, chegar a um acordo com Nafissatou Thiam. Em questão, estava um código de conduta obrigatório para todos os atletas selecionados para o Mundial de Tóquio. O documento incluía uma cláusula de direitos de imagem que proibia os atletas de promoverem os seus patrocinadores nas redes sociais durante as competições e autorizava os patrocinadores da federação a usarem as suas imagens. O conflito residia no facto de os principais patrocinadores de Thiam serem concorrentes diretos dos da federação, o que prejudicava o apoio à atleta.
Segundo o jornal Le Soir, a federação recebeu uma notificação formal que poderia colocá-la em dificuldades. Num comunicado de imprensa, ela acabou por reconhecer o fracasso das negociações, afirmando que “toma nota, com grande pesar, que os representantes da Sra. Nafissatou Thiam puseram fim às discussões esta tarde, que foram, no entanto, muito construtivas, relativas à possível assinatura do código de conduta pela atleta”.
Nafissatou Thiam venceu esta batalha e poderá participar no heptatlo de Tóquio nos dias 19 e 20 de setembro. A federação também reafirmou “a qualidade excecional das performances de Thiam” e “o desejo de vê-la continuar a hastear a bandeira do atletismo belga”. Embora esta seja uma boa notícia para Thiam, a única medalhada nos JO de Paris selecionada para Tóquio, este caso abrirá um precedente, e outros atletas poderão contestar no futuro, as condições da federação belga.
