Os Estados Unidos estão “encorajados” pelas reformas aprovadas pela Agência Mundial Antidopagem (WADA), mas mais consultas são necessárias antes que o país pague o restante das suas taxas anuais.
O país ainda deve à WADA 1,3 milhão de dólares da sua contribuição de 2,9 milhões de dólares, depois de ter retido o financiamento, devido às suas preocupações sobre as reformas do organismo.
Os dirigentes da WADA expressaram a sua confiança de que os norte-americanos vão pagar o valor total após as mudanças na estrutura da Organização, incluindo a reforma do Comité de Atletas e dando ao presidente do novo órgão um assento no Comité Executivo.
Mas o recém-nomeado diretor do ONDCP, Rahul Gupta, não confirmou que tal era suficiente para os Estados Unidos considerarem um acerto de contas com a WADA.
“As coisas sobre as quais eles falaram e estão a fazer são animadoras”, disse Gupta. “Falarei com alguns outros colegas, membros do Congresso, a Organização Nacional Antidopagem e o Comité Olímpico Nacional e tomarei então uma decisão.
“Será baseado em alguma consulta, mas claramente as ações para reformar são muito encorajadoras. Os Estados Unidos têm pressionado a isso e estamos felizes em ver agora as medidas de reforma, mas ainda temos que ver a sua implementação.”
O presidente da WADA, Witold Bańka, expressou a sua confiança de que a Organização receberia o restante dinheiro dos Estados Unidos.
“Resolvemos algumas dificuldades em termos de relacionamento entre a WADA e as autoridades públicas dos Estados Unidos. Estou feliz porque hoje houve uma declaração forte e positiva sobre o que estamos a fazer e o que alcançámos.”
A WADA e os Estados Unidos, um dos maiores financiadores da Organização, estão em desacordo há mais de dois anos.
Os Estados Unidos irritaram a WADA ao promover uma lei que dá à nação o poder de processar indivíduos por esquemas de doping em competições desportivas internacionais envolvendo atletas, emissores e patrocinadores norte-americanos, em homenagem ao denunciante russo Grigory Rodchenkov.
Os Estados Unidos têm criticado consistentemente a WADA por uma alegada falta de independência e “conflitos de interesse” dentro da sua estrutura de tomada de decisão, ameaçando suspender o financiamento se o órgão de fiscalização não se reformar.