O Estrela Campo Aviação foi fundado em 2009 e está filiado na Associação Atletismo de Castelo Branco. Vítor Ferreira é o presidente do clube que tem cerca de 200 sócios e 50 atletas. Para um orçamento de 6.000 euros anuais, os apoios são mínimos, a começar pela falta de uma sede.
- Concelho: Covilhã
- Ano fundação: 2009
- Presidente: Vítor Manuel matos Ferreira
- Sócios: 200
- Atletas: 50, sendo 40 federados
- Técnicos: 1
- Orçamento: 6.000 euros
O Estrela Campo de Aviação, Futebol Clube está localizado na Covilhã e foi fundado em 17 de Abril de 2009.
Como acontece com muitos clubes, a sua fundação teve origem no futebol. Desde os anos 60 que na zona do Campo de Aviação da Covilhã, existia um grupo de amigos que se juntavam e todos os anos festejavam o dia 10 de Junho com a realização de um jogo de futebol entre solteiros e casados da referida zona, seguido de um almoço (o qual ainda hoje se realiza). Até que em 2009, o grupo de amigos resolveu fundar o Estrela Campo de Aviação FC.
A falta de uma sede
Vítor Manuel Matos Ferreira é o atual presidente deste clube que tem cerca de 200 sócios, dos quais 90% têm as quotas em dia, no valor de um euro mensal.
O Estrela Campo de Aviação FC ainda não tem a sua sede. Vítor Ferreira diz-nos que “somos uma Associação sem abrigo, há vários espaços que podiam ser utilizados como sede mas o município não nos cede um que seja”. As reuniões da Direção fazem-se nas casas de alguns diretores. Os troféus e o mobiliário (cadeiras, mesas, etc), são guardados no sótão de um armazém situado numa quinta de um amigo.
Do atletismo à sueca
O clube tem apenas a Secção de Atletismo em funcionamento. Ainda assim, a Direção desenvolve vários eventos durante o ano, como por exemplo um Torneio de Malhas, em simultâneo com uma caminhada, um Torneio de Sueca e uma sessão de fados. Participa ainda em torneios de futebol de salão que se vão realizando no concelho. Todos estes eventos envolvem cerca de 130 a 150 participantes.
“Somos uma Associação sem abrigo”
50 atletas
A Secção de Atletismo foi fundada em 2010. Tem atualmente cerca de cinquenta atletas nos vários escalões, dos quais, quarenta são federados. Tem no escalão feminino, cinco veteranas, uma sénior e oito meninas nas camadas jovens. O clube está a apostar na formação com a Escolinha de Atletismo, a qual conta já com mais de duas dezenas de crianças.
Os atletas participam em todo o tipo de provas, desde a estrada à montanha e à pista. Conta ainda com seis maratonistas.
O clube conta com um treinador, Roger Vicente e um coordenador desportivo, o Prof. Nuno Gravito.
Seis mil euros de orçamento
O orçamento da Secção ronda os seis mil euros anuais. Os apoios existem apenas há três anos da parte da Junta de Freguesia e não ultrapassam os mil euros anuais. As contas são equilibradas com a quotização e com alguns eventos culturais realizados ao longo do ano.
O apoio aos atletas passa pela oferta dos equipamentos, pelo pagamento de algumas inscrições e sempre que possível, pelos transportes através do aluguer de carrinhas. Muitas vezes, os atletas deslocam-se em veículo próprio. Os treinos são feitos na pista do Complexo Desportivo da cidade.
Para Vítor Ferreira, a principal dificuldade passa pela falta de apoios. “Além do financeiro, não temos uma sede social nem um pavilhão camarário onde os atletas da nossa escolinha possam praticar as diferentes modalidades de atletismo”.
São clubes como este que poem milhares de pessoas a praticar desporto no país, a maior parte das vezes sem quaisquer tipos de apoios. O Estrela Campo de Aviação FC já merecia uma maior atenção do município com a atribuição de uma sede.
Treino convívio com 200 participantes
A Secção organizou em 2010 uma prova “Dupla Légua” em parceria com o Sindicato dos Funcionários Judiciais mas por falta de apoios, não tem sido possível a realização de outras provas. No entanto o clube vem promovendo desde Outubro de 2015, um treino de convívio noturno, tipo Trail Running com caminhada a que deu o nome de – Noturna “Rompe as pernas”. A sexta edição realizou-se em Setembro último com cerca de 200 participantes.
Medo do tiro de partida
Estórias não faltam no clube. Vítor Ferreira relata-nos algumas delas. A primeira passou-se com um dos atletas benjamins. “O nosso pequeno Alexandre antes de uma prova, começou a chorar e não quis participar. Só depois de terem acabado as provas é que ele contou que tinha muito medo do tiro da partida – tinha medo da pistola”.
Entrar de jipe da GNR na meta
Outro episódio passou-se numa prova de montanha, nos “12 Km Manteigas – Penhas Douradas”. “Um dos nossos atletas lesionou-se ao quinto quilómetro e procurou a ambulância. Não a tendo encontrado, foi transportado no jipe da GNR até à zona da meta. Chegado à referida zona e descendo do jipe, foi encaminhado para meta, onde entrou tendo sido classificado e passado à frente de vários atletas, apesar de o mesmo ter explicado toda a situação.”
Sem gasolina às 4h da madrugada
Finalmente, uma estória passada na Corrida das Fogueiras, em Peniche, onde o clube costuma participar com cerca duas dezenas de atletas. “Quando regressávamos a casa, uma das carrinhas ficou a 4 Km da cidade da Covilhã, parada na berma da estrada por falta de combustível. Eram 4h da madrugada, tendo os atletas chegado a casa só às 7 horas.”