A doença de Alzheimer e outras demências afetam cerca de 200 mil portugueses. A nível mundial, a ciência ainda não encontrou uma cura para a doença debilitante. A ausência de um tratamento eficaz enfatiza ainda mais a importância da prevenção, e pesquisas recentes mostraram que os corredores estão em vantagem no combate à doença. De acordo com um novo estudo, ter uma boa aptidão cardiorrespiratória pode reduzir significativamente o risco de Alzheimer e outras doenças relacionadas.
Aptidão cardiorrespiratória e doença de Alzheimer
Os investigadores do estudo, publicado pela Academia Americana de Neurologia, identificaram 649.605 veteranos que completaram um teste ergométrico num tapete rolante, com o objetivo de avaliar a sua aptidão cardiorrespiratória. Eles descobriram que os participantes com os mais altos níveis de condição física desenvolveram menos 33% da doença Alzheimer ao longo de 8,8 anos, em comparação com o grupo de menor condição física.
Embora os cientistas ainda não saibam muito bem qual a razão por que a condição física está relacionada com a doença de Alzheimer, esses dados apoiam a atividade física e, mais especificamente, atividades cardiorrespiratórias como a corrida, natação e ciclismo, como uma maneira eficaz de reduzir o seu risco para doenças degenerativas do cérebro.
Outra boa notícia é que outras pesquisas mostraram que mesmo uma corrida de apenas dez minutos, pode provocar efeitos positivos no seu cérebro. Eis assim, mais uma razão para correr, sendo apenas um corredor iniciado ou um já veterano.