A Federação de Atletismo da África do Sul está a fazer lobby no Tribunal Europeu dos Direitos Humanos para que este decida sobre o apelo de Caster Semenya contra as regras da World Athletics, de modo a poder competir antes dos JO de Tóquio.
Semenya contesta os regulamentos da World Athletics que limitam os níveis de testosterona das atletas em provas entre os 400 metros e a milha. A Atleta já perdeu os recursos apresentados no Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) e no Supremo Tribunal Federal da Suíça.
O presidente da federação sul-africana disse ao jornal Sowetan que o seu organismo tinha apelado ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos para que este acelerasse o processo, de forma a permitir que Semenya se qualifique para Tóquio. “É um assunto urgente e, portanto, lançámos um recurso ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos para ouvir o caso dela antes dos Jogos Olímpicos”, disse Skhosana.
“Esperamos que o tribunal ouça o caso o mais rápido possível e esta é a nossa posição. Faltam quatro meses para os Jogos e não se pode dizer que o tribunal não consegue encontrar uma vaga antes desse período para lidar com este assunto urgente.”
O Departamento de Desporto, Arte e Cultura do Governo da África do Sul prometeu o equivalente a 671.500 euros para ajudar Semenya no apelo. A Confederação Olímpica e Desportiva da África do Sul também declarou o seu apoio à atleta no seu caso.
A World Athletics tem afirmado consistentemente que as regras são necessárias para garantir que as atletas possam participar em condições justas e iguais.