A Federação de Atletismo da Nigéria expressou a sua preocupação com a situação da sua sprinter Blessing Okagbare, acusada de recorrer ao doping.
Okagbare, que foi acusada de três crimes pela Unidade de Integridade de Atletismo (AIU), foi suspensa na véspera da meia-final dos JO de Tóquio após teste positivo para hormónio de crescimento humano, teste esse feito fora da competição em 19 de Julho.
Okagbare, de 32 anos, teria posteriormente testado positivo para outra substância proibida, a EPO, que aumenta a contagem de glóbulos vermelhos. Ela também foi acusada de não cooperar com a investigação da AIU.
Um funcionário da Federação disse ao The Guardian, que Okagbare pode ter mais problemas seguindo o que ele descreveu como ‘problema de ego’.
“Estou realmente preocupado com a nova dimensão que a questão do dpoing de Okagbare está a assumir”, disse o funcionário da Federação, que alegou anonimato. “Se não houver cuidado, ela pode acabar na prisão porque o teste positivo para EPO é uma ofensa séria ao atletismo. O EPO é um tipo de medicamento administrado a cavalos durante a preparação para a corrida. Fiquei a saber que ela nem está mesmo a cooperar com a AIU.
“Tenho a certeza de que Okagbare deve ter pisado em muitos pés no passado, devido ao seu problema de ego, e essas pessoas podem ter esperado pacientemente por esta oportunidade para retribuir”.
“Se a AIU decidir considerá-la culpada, Okagbare pode perder algumas das suas medalhas. O meu conselho a ela é que coopere com a investigação ”, disse o funcionário da Federação.
A AIU alegou que Okagbare “não cumpriu com a exigência formal de produzir documentos, registos e dispositivos de armazenamento eletrónico relevantes” para a investigação.
Okagbare, medalhada de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim de 2008 no salto em comprimento, tinha vencido a sua série dos 100 m em Tóquio antes de ser suspensa dos Jogos. A velocista negou todas as acusações contra ela.