Num comunicado emitido pela Federação de Atletismo da Nigéria e assinada pelo seu presidente, Tonobok Okowa, o órgão assumiu a responsabilidade pela inação do organismo que levou à suspensão dos atletas dos JO de Tóquio, devido ao facto de terem um número insuficiente de testes antidoping.
O pedido de desculpas foi dirigido ao presidente do país, ao ministro da Juventude e Desporto e a todos os nigerianos.
“Como uma nova direção, temos que assumir a responsabilidade pela inação dos nossos antecessores e garantir aos nigerianos que as medidas apropriadas serão sempre tomadas em todos os momentos e em conformidade com as regras relevantes da competição mundial de atletismo e antidoping para proteger os nossos atletas”, disse Okowa.
A nova Comissão Médica e Antidoping terá sete elementos e será dirigida pelo professor Ken Anugweje.
A Federação afirmou que o anúncio dos membros da nova Comissão tornou-se “muito necessário”, já que está determinada a garantir que a Nigéria saia da lista da World Athletics como sendo uma das Federações de maior risco de doping e considerada como uma ameaça à integridade geral da modalidade.
Um total de 20 atletas das sete nações consideradas de maior risco no doping, foram excluídos dos Jogos. Só a Nigéria teve dez atletas excluídos, mais de 40% da equipa de atletismo que o país havia inscrito para os JO de Tóquio. Os outros países com atletas excluídos foram a Ucrânia com três, um marroquino, um etíope e três da Bielorrússia.
Dois atletas quenianos foram considerados não qualificados, mas a Federação Queniana substituiu-os antes de enviar as suas inscrições finais. O Bahrein é o último país da Categoria A, mas todos os seus 13 atletas foram autorizados a competir.
As Federações Nacionais de Categoria A são consideradas pela AIU como as mais suscetíveis ao doping, devem portanto, atender a certos requisitos extras para poder selecionar um atleta para os Jogos Olímpicos ou Campeonatos Mundiais.
Em 31 de Julho, uma das atletas nigerianas autorizadas a competir, a sprinter Blessing Okagbare, acabou por ser suspensa provisoriamente, depois de ter testado positivo para hormónio de crescimento humano.
A medalhada mundial e olímpica, que havia vencido a sua eliminatória dos 100 metros, foi informada da sua suspensão pela Unidade de Integridade de Atletismo (AIU) na manhã em que deveria correr as meias-finais.