Um Comité da Federação Norte-Americana de Atletismo (NCAA) está a pressionar para que a cannabis seja removida da lista de substâncias proibidas, defendendo que o teste antidoping deve concentrar-se na melhoria do desempenho, em vez de substâncias recreativas/médicas.
A proposta foi divulgada pelo Comité de Salvaguardas Competitivas e Aspetos Médicos do Desporto e representa uma divergência significativa para a Federação, que testa a cannabis em eventos de Campeonatos há quase quatro décadas.
O Comité sugeriu a suspensão do teste de cannabis em todos os eventos dos Campeonatos até que uma decisão final seja tomada. Para que as regras mudem, a nova legislação precisará de ser introduzida e aprovada pelas três divisões da Federação. Os administradores das divisões II e III foram os que solicitaram ao Comité da Federação que examinasse e contestasse as regras atuais sobre a cannabis.
Essa recomendação ocorre numa tendência crescente de aceitação da cannabis nos Estados Unidos, com um número crescente de estados a legalizarem o uso medicinal ou recreativo da cannabis. Vinte e três estados já o legalizaram para uso recreativo. Nos últimos dois anos, duas atletas de elite norte-americanas, Tara Davis-Woodhall e Sha’Carri Richardson, cumpriram breves suspensões por testes positivos de cannabis, perdendo ambas os seus títulos nacionais conquistados nas pistas.
Em 2021, a Agência Mundial Antidoping (WADA) alterou o seu código envolvendo a cannabis, permitindo uma sanção reduzida caso o uso do atleta ocorresse fora da competição e não relacionado com o rendimento desportivo.
É aguardada uma decisão final por parte da Federação, antes do início da época de outono.