A atleta Francine Niyonsaba, do Burundi, que conquistou a medalha de prata nos 800 m nos Jogos do Rio de 2016, tem o mesmo problema da sul-africana Caster Semenya, com elevados níveis de testosterona. Niyonsaba também recusou tomar medicamentos para reduzir os níveis e decidiu tentar os 5.000 metros para estar presente em Tóquio.
A atleta de 28 anos, conseguiu ontem em Montreuil, os mínimos olímpicos nos 5.000 m (15m10s), ao ser quarta com 14.54,38, novo recorde nacional.
Foi apenas a sua segunda prova nos 5.000 m, depois de ter corrido em 15.12,08 num meeting disputado o mês passado em Espanha.
“Um desafio não é uma barreira. É uma oportunidade de fazer melhor. Rumo a Tóquio com um ótimo tempo de qualificação”, postou ela no Twitter.
A prova foi vencida pela queniana Beatrice Chebet, que terminou pouco mais de dois segundos à frente de Niyonsaba.
Segundo os últimos regulamentos da World Athletics, Niyonsaba é classificada como tendo ‘Diferenças de Desenvolvimento Sexual’ – ou ‘DDS’ – não podendo participar em provas com distâncias entre os 400 metros e a milha.