Gwen Berry sentiu-se provocada nas seletivas norte-americanas que se disputaram em Eugene. Tudo porque o hino nacional tocou quando a ativista subia ao pódio para receber a medalha de bronze no lançamento do martelo, no sábado.
Berry, que repetiu agora um gesto semelhante durante os Jogos Pan-Americanos de 2018, afastou-se da bandeira enquanto as medalhadas de prata e ouro, Brooke Andersen e DeAnna Price, respetivamente, se levantaram e se viraram para a bandeira. Berry acabou por colocar na cabeça uma t-shirt preta com as palavras “Atleta Ativista”, antes de retirá-la. “Eu sinto que foi uma provocação e eles fizeram de propósito”, disse Berry sobre o hino.”
O hino tocou só uma vez por noite durante as seletivas olímpicas. A porta-voz da Federação dos EUA, Susan Hazzard, disse à ESPN que “o hino nacional estava programado para tocar às 17.20 de hoje. Não esperámos até que as atletas estivessem no pódio para os prémios do lançamento do martelo. O hino nacional é tocado todos os dias, de acordo com uma programação publicada anteriormente. ”
“O meu propósito e a minha missão são maiores do que o desporto. Estou aqui para representar aqueles … que morreram devido ao racismo sistémico. Essa é a parte importante. É por isso que estou indo. É por isso que estou aqui hoje.”
As outras duas atletas que acompanharam Berry no pódio disseram que não tinham qualquer problema com a demonstração de Berry: “Acho que as pessoas deveriam dizer o que quiserem. Estou ao lado dela”, disse Price.
Price ganhou a medalha de ouro com um lançamento de 80,31 m. Anderson lançou a 77,72 m, enquanto Berry lançou 73,50 m.