Em Dezembro do ano passado, a Agência Mundial Antidopagem (AMA) questionou a nomeação de Ylena Isinbayeva como presidente do Comité de Controlo da Agência Antidoping Russa (RUSADA) e assegurou que as autoridades russas deveriam tê-la consultado sobre o tema. Agora, é a IAAF que avisa que a Rússia enfrenta um período mais longo de exclusão das competições, a menos que Isinbayeva seja substituída por outra pessoa à frente da RUSADA.
Para Rune Andersen, responsável do Grupo de Trabalho da IAAF, “é difícil ver como isto ajuda a conseguir-se a mudança desejada na cultura do atletismo e como ajuda a promover um ambiente aberto para os denunciantes russos”.
Andersen recordou as críticas de Isinbayeva ao informe da Comissão da AMA, “ainda que ela nunca o tinha lido”. Tão pouco gostou que a russa criticasse os denunciantes Vitaly Stepanov y Yuliya Stepanova.
Por outro lado, a IAAF está dececionada com os “poucos progressos” realizados pela Rússia na sua luta antidoping, declarou o presidente da IAAF, Sebastian Coe.
“O grupo de trabalho está dececionado com os poucos progressos realizados desde o último informe” em Fevereiro, afirmou Coe nuna conferência de imprensa em Londres.
“Especialmente nos sectores chaves que são os controles, a capacidade para ter se acesso ao passaporte biológico e o facto de que treinadores de um sistema manchado continuarem a exercer”, detalhou o dirigente.
“Não há nenhuma razão para não se terem realizado mais progressos. A Federação Russa de Atletismo não deveria criar ilusões. Os critérios não vão mudar”, afirmou Coe. “Não fazemos política, os criterios estão aí”, insistiu.