Os 20 e 50 km seriam substituídos por 10 e 30 km a partir de 1 de Janeiro de 2021
Segundo estudos da IAAF, a disciplina perdeu credibilidade e impacto mediático nos últimos tempos. Daí, a sua intenção em alterar as distâncias de 20 e 50 km para 10 e 30 km. Tal não implicaria o desaparecimento das distâncias históricas mas que ficariam no entanto, relegadas para segundo plano.
O italiano Maurizio Damilano, presidente do Comité de Marcha da IAAF, enviou no dia 10 deste mês um documento, aos técnicos e atletas, através das suas federações nacionais, propondo uma série de mudanças radicais.
Damilano propõe ainda o uso do Race Walking Electronic Control System (RWECS), um sistema inteligente que deteta se a marcha de algum competidor é irregular.
Do desenvolvimento do RWECS depende em larga medida o êxito destas alterações nas distâncias. Para Damilano, “sem esta tecnologia, recomendamos claramente não alterar as distâncias atuais”.
Numa prova olímpica de 10 mil metros, disputada a níveis elevadíssimos, seria muito difícil aos juízes detetarem as faltas dos marchadores, sem a ajuda tecnológica.
Damilano pretende que estas alterações entrem em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2021, ano em que se disputa o Campeonato Mundial ao ar livre em Eugene, Estados Unidos.
O Comité de Marcha da IAAF vai reunir-se em 2 de Fevereiro para fazer uma recomendação final, tendo em conta os comentários de treinadores e atletas que têm até hoje para enviá-los à IAAF.