Aman Malik, um atleta indiano de 19 anos, foi acusado criminalmente e condenado num tribunal queniano a cumprir uma pena de três anos. Ele também foi multado num milhão de xelins, tendo 14 dias para apelar.
A operação em 5 de maio deste ano foi iniciada após “informações úteis indicando possível envolvimento de Malik em atividades relacionadas à distribuição e uso de substâncias proibidas para melhorar o desempenho”, conforme declarado pela Agência Antidoping do Quénia/ADAK.
A remessa ilegal recuperada incluía substâncias proibidas pelo Código da Agência Mundial Antidoping (WADA), hormónio do crescimento humano (HGH), meldonium e manitol.
Ainda mais preocupante foi a apreensão de apetrechos para administração intravenosa (IV), incluindo bolsas, seringas e agulhas intravenosas, usadas e não usadas, o que apontou para possíveis práticas de doping.
“A decisão envia uma mensagem clara de que o Quénia não tolerará o doping ou o manuseio ilegal de substâncias proibidas, reforçando o compromisso do país com uma competição limpa e justa”, declarou o magistrado Njeri Thuku.
A condenação de Malik ocorre num momento em que a Federação Queniana de Atletismo (Athletics Kenya) e/ou a ADAK são acusadas de não cumprirem do código da WADA. O país enfrenta a hipótese de uma suspensão nacional no início de outubro.
O Quénia tornou o doping de atletas uma atividade criminosa em dezembro de 2019. Vários outros países seguiram o exemplo.
Mas o Quénia não fez nada para acabar com as farmácias de rua que fornecem descaradamente medicamentos para melhorar o desempenho (PEDs) sem receita médica.