O presidente do Comité Olímpico Italiano (CONI), Giovanni Malago, refutou ontem as suspeitas de doping dirigidas por alguma imprensa norte-americana ao campeão olímpico dos 100 metros, Marcell Jacobs.
O sprinter italiano conquistou o ouro com um novo recorde europeu de 9,80 s. A inesperada vitória do jovem de 26 anos fez com que o Washington Post escrevesse que “a história do atletismo lança suspeitas sobre melhorias repentinas e imensas”, uma referência a casos de doping anteriores.
“Jacobs merece o benefício da dúvida, mas a sua modalidade não”, acrescentou o artigo.
O Times escreveu que a história sombria do atletismo com o doping “significa que a chegada de qualquer nova estrela alertará os mais céticos”.
Mas Malago criticou qualquer sugestão de transgressão. “As observações de alguns dos seus colegas são uma fonte de grande pesar e embaraço, sob todos os pontos de vista”, disse Malago à Rai Radio 1.
“Estamos a falar de atletas, neste caso, que são submetidos a controlos antidopagem sistemáticos e diários. Quando se bate um recorde nacional ou mesmo continental, esse número dobra, tanto que ele disse que era impressionante o número de controlos”.
“É realmente algo desagradável, mostra como alguns não conseguem aceitar a derrota”.
Jacobs foi um dos vários atletas de alta competição a correr com sapatos da nova tecnologia, com solas de carbono para “melhorar o desempenho.”
Os atletas em Tóquio também elogiaram uma pista rápida que já produziu uma série de recordes mundiais, continentais e nacionais.