Segundo a imprensa japonesa, as medidas que serão adotadas para evitar o contágio do coronavírus durante os Jogos Olímpicos de Tóquio representarão um custo adicional que pode chegar aos 800 milhões de euros.
Os dados, fornecidos por fontes não identificadas às agências locais Kyodo e Jiji Press e ao diário financeiro Nikkei, foram conhecidos ontem, na véspera da divulgação de uma revisão do orçamento dos Jogos Olímpicos.
A imprensa japonesa informou, também de fontes anónimas, que o adiamento em si representará um custo adicional de cerca de 1.605 milhões de euros para a extensão dos alugueres de locais e equipamentos e despesas extras de mão de obra, entre outros itens.
Somado a tudo isso, conforme relatado pela Kyodo e Jiji Press, a Organização prevê que as contra-medidas para o coronavírus envolverão uma despesa adicional de cerca de 804 milhões de euros. Outras fontes consultadas pelo jornal Nikkei estimam que este valor chegará a cerca de 723 milhões de euros.
Essa despesa adicional incluirá a instalação de centros médicos, a contratação de profissionais de saúde, testes de competidores olímpicos e desinfeção das instalações onde serão realizadas as competições, segundo a imprensa local.
Essas versões não foram oficialmente confirmadas pelo Comité Organizador dos Jogos ou pelas autoridades metropolitanas da capital japonesa.
Ainda não está decidido como será distribuído o custo adicional que representará o adiamento de um ano das provas olímpicas e das contra-medidas para o coronavírus. Tal, será conhecido quando a atualização orçamental for divulgada.
Os Jogos Olímpicos são financiados pelas autoridades olímpicas, o governo do Japão e as autoridades metropolitanas de Tóquio. De acordo com o orçamento mais recente, de Dezembro de 2019, os Jogos Olímpicos de Tóquio custariam inicialmente 10.839 milhões de euros.
Estava previsto que, desse orçamento, quase 90% seria dividido igualmente entre o Comité Organizador e as autoridades metropolitanas de Tóquio, e o restante pelo Governo do Japão.