O Stade de France voltou a viver mais uma noite mágica, com recordes mundiais, olímpicos e nacionais, uns atrás dos outros.
A muito aguardada final dos 200 m teve um vencedor inesperado para muitos. Noah Lyles era dado por muitos como o vencedor antecipado, algo que não existe no desporto. A sua apresentação espalhafatosa na final, saiu-lhe furada! Letsile Tebogo (Botswana) que já o havia vencido nas meias-finais, venceu bem destacado em 19,46 (+0,4 m/s), novo recorde do continente africano. No segundo lugar, o norte-americano Kenneth Bednarek em 19,62 com Noah Lyles a só conseguir o bronze, tal como nos JO de Tóquio, em 19,70. Outro norte-americano Erriyon Knighton, envolvido em problemas de doping de que já demos notícia, foi quarto em 19,99.
Entretanto, a BBC divulgou que Lyles havia testado positivo para Covid e que teve que ser ajudado a sair da pista numa cadeira de rodas.
Sydney McLaughlin-Levrone bicampeã olímpica dos 400 m barreiras
Numa das finais mais aguardadas de hoje, a norte-americana Sydney McLaughlin-Levrone não deu quaisquer hipóteses à sua rival Femke Bol. Ambas correram juntas até à sexta barreira mas depois, a norte-americana disparou para só parar o cronómetro em 50,37, novo recorde mundial que melhora aquele que já lhe pertencia com 50,65. Estranhamente, Femke Bol que já correu este ano em 50,95, mostrou-se muito fatigada na parte final e foi ainda ultrapassada pela norte-americana Anna Cockrell em 51,87. Bol foi medalha de bronze “apenas” em 52,15.
Paquistanês Arshad Nadeem no lançamento do dardo com recorde olímpico
O lançamento do dardo masculino foi mais um grande concurso com os primeiros seis a lançarem acima dos 87 metros.
O paquistanês Arshad Nadeem não deu hipóteses à concorrência vencendo com 92,97 m, novo recorde olímpico e tendo ainda lançado 91,79 m, melhor que o medalhado de prata, o indiano Neeraj Chopra, campeão olímpico em Tóquio, com 89,45 m. O grenadino Anderson Peters foi terceiro com 88,54 m. Arshad Nadeem conquistou a primeira medalha olímpica para o seu país no atletismo.
Tara Davis-Woodhall não dá hipóteses no salto em comprimento
Numa final com várias candidatas às medalhas, a norte-americana Tara Davis-Woodhall foi a melhor com 7,10 m (+0,8 m/s), tendo ainda saltado 7,05 m e 6,95.
A alemã Malaika Mihambo, campeã olímpica em Tóquio, segurou a prata com 6,98 m (+0,5 m/s) com outra norte-americana a ficar com o bronze em 6,96 m (+0,2 m/s).
Grand Holloway nos 110 m barreiras
O tricampeão mundial, norte-americano Grant Holloway tinha uma medalha em falta, a ouro olímpica. Numa final com três norte-americanos e três jamaicanos, Holloway não deu hipóteses para vencer em 12,99 (-0,10 m/s), com o compatriota Daniel Roberts e o jamaicano Rasheed Broadbell nos lugares imediatos, ambos em 13,09. Boa prova também do espanhol Enrique Llopis, quarto em 13,20.
Katarina Johnson-Thompson comanda Heptatlo ao fim de quatro provas
No final do primeiro dia, o Heptatlo é comandado pela britânica Katarina Johnson-Thompsoncom 4.055 pontos, seguida da belga Nafissatou Thiam com 4.007 e pela norte-americana Anna Hall com 3.956.
A sessão de amanhã tem início pelas 9h05m com o salto em comprimento do Heptatlo, seguido das estafetas 4×400 m.