Depois das emoções da noite de ontem com o recorde mundial do salto com vara por Armand Duplantis, o Stade de France voltou a estar lotado. Logo a abrir a sessão, tivemos as três séries dos 1.500 m femininos que teve a presença de Salomé Afonso.
Apuravam-se para a final, as seis primeiras com as restantes a concluir a prova, a terem amanhã uma ronda de repescagem.
Salomé Afonso correu a terceira série, a mais lenta das três. Numa prova muito bem conseguida, Salomé garantiu a presença na final ao terminar em quinto lugar em 4.04,42, novo recorde pessoal que supera largamente o anterior de 4.06,04.
A primeira série foi a mais rápida com os melhores tempos a pertencerem à etíope Gudaf Tsegay (ontem na final dos 5.000 m) em 3.58,84 seguida da britânica Laura Muir em 3.58,91.
As meias-finais disputam-se na quinta-feira à tarde.
Cátia Azevedo na repescagem dos 400 m
Nas outras provas com atletas portugueses, Cátia Azevedo correu a ronda de repescagem dos 400 m. Tivemos quatro séries com as vencedoras e depois, os dois melhores tempos a apurarem-se para as meias–finais.
Cátia tinha uma tarefa muito difícil pois na sua terceira série, das sete participantes, ela detinha apenas o sexto melhor tempo da época com 52,13.
A britânica Victoria Ohuruogu garantiu o apuramento para as meias-finais com 50,59. A atleta portuguesa foi quinta em 52,04, melhor marca da época. A segunda repescada por tempos fê-lo em 50,81.
No conjunto das quatro séries, Cátia foi a 20ª em 26 concorrentes. A última foi a bahamiana Shaune Miller-Uibo, bicampeã olímpica agora com problemas físicos. Foi a última com 53,50.
Leandro Ramos no lançamento do dardo
No lançamento do dardo, um atleta português esteve presente pela primeira vez em Jogos Olímpicos. Apurava-se para a final, quem lançasse 84,00 m ou ficasse classificado até ao 12º lugar.
Leandro Ramos com um recorde nacional de 84,78 m e 83,10 nesta época, tinha fundadas esperanças no apuramento para a final. Mas a sua prestação ficou muito aquém e ficou-se pelos 75,73 m ao primeiro lançamento, seguido de dois nulos. Foi o 14º do Grupo A e 28º no conjunto dos dois Grupos.
A competição teve elevado nível com nove atletas a superarem a marca exigida dos 84,00 m. O 12º apurou-se com 82,91 m.
O indiano Neeraj Chopra foi o melhor com 89,34 m. Na final, vamos ter três atletas da Finlândia, país com grandes tradições na disciplina.
Agate de Sousa no salto em comprimento
No salto em comprimento, Agate de Sousa, recente medalha de bronze no Europeu de Roma, apresentava-se como uma séria candidata a estar pelo menos presente na final.
Com um recorde pessoal de 7,03 m e 6,91 m feitos esta época, os 6,75 m exigidos para o apuramento direto para a final pareciam bem acessíveis à atleta portuguesa.
Mas no desporto como na vida, há sempre momentos maus e hoje, foi o de Agate de Sousa com uma pequena lesão, ao saltar apenas 6,34 m (x/6,34/6,27) que a atiraram para o 13º lugar do Grupo A e 24º no conjunto dos dois Grupos.
A 12ª atleta a conseguir o apuramento para a final, saltou 6,59 m. Quem também desiludiu foi a sérvia Ivana Spanovic, medalha de bronze olímpica e campeã mundial, a ficar afastada da final com 6,51 m que lhe deram o 16º lugar.
Na final, vamos ter três nigerianas e três norte-americanas.