Os responsáveis olímpicos e paralímpicos de Tóquio aprovaram ontem, após uma longa reunião com o Governador da cidade e funcionários do governo japonês, que serão autorizados dez mil espetadores em cada evento, desde que não exceda 50 por cento da capacidade do local.
No início do dia, o primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga havia alertado que os Jogos podiam não ter público a assistir. Os espetadores estrangeiros já haviam sido proibidos de comparecer.
Ao tomar a decisão, o presidente do Comité Olímpico Internacional, Thomas Bach, disse que estava “absolutamente certo” que prosseguir com os Jogos com um número limitado de espetadores, era “uma decisão para melhor proteger o povo japonês e todos os participantes”.
Houve conversas sobre a autorização de até vinte mil espectadores para a Cerimónia de Abertura em 23 de Julho, mas o limite foi também fixado em dez mil.
Os comentários do primeiro-ministro japonês e de Bach foram feitos depois de ter sido encerrado o estado de emergência em Tóquio e outras oito regiões do país para combater uma onda de casos de coronavírus. Algumas medidas menores permanecem em vigor até 11 de Julho, menos de duas semanas antes do início dos Jogos.
Uma pesquisa pública realizada durante a semana passada indicava que 65% das pessoas queriam que os Jogos fossem adiados ou então cancelados definitivamente. E até 70% dos entrevistados na pesquisa achavam que os Jogos de Tóquio não seriam possíveis com segurança.