Ao comemorar o seu 40º aniversário, o sprinter norte-americano Justin Gatlin anunciou o fim da sua carreira desportiva.
Em mensagem postada ontem no Instagram, ele escreveu. “Querido Atletismo, eu amei-te. … A minha vida mudou assim que soube o teu nome… Com amor veem os desafios e deste-me tantos ao longo da minha carreira. Alguns eram mais fáceis do que outros. E alguns que magoaram mais do que a própria vida. Um vínculo inquebrável foi criado durante 27 anos da minha vida.”
Em seguida, concluiu: “A tocha passou, mas o amor nunca se extinguirá. Pronto, pronto, vá!” Um vídeo acompanha esta mensagem com instantâneos da sua carreira e uma mensagem: “O legado continua”
Gatlin encerra uma rica carreira, marcada por um título olímpico nos 100 m em Atenas em 2004, duas medalhas de prata (nos 4×100 m em Atenas, nos 100 m no Rio de Janeiro 2016) e duas medalhas de bronze (nos 200 m em Atenas e nos 100 m em Londres 2012).
Também foi tetracampeão mundial ao ar livre: nos 100 e 200 m em Helsínquia 2005, nos 100 m em Londres 2017 e nos 4×100 m em Doha em 2019. Esta foi a sua última grande competição internacional. Conquistou ainda seis medalhas de prata e dois títulos de campeão mundial em pista coberta, em 2003 e 2012.
Um teste positivo em 2006 e uma suspensão de quatro anos
A carreira de Gatlin ficou ainda registada pelo doping, com um teste positivo de testosterona no Kansas Relays, em Abril de 2006. Resultado que ele anunciou depois em Julho. Ele foi suspenso por oito anos pela USADA, agência antidoping dos Estados Unidos. A sua sanção foi reduzida para quatro anos e regressou à competição em 3 de Agosto de 2010.
Desde desse teste positivo, cada um dos seus resultados foi escrutinado, até mesmo questionado. Foi particularmente o caso quando ele conseguiu vencer Christian Coleman e Usain Bolt na final do Campeonato Mundial de Londres em 2017.
No ano passado, Gatlin não conseguiu classificar-se para os JO de Tóquio, depois de 2004, 2012 e 2016.
Recordes pessoais de Justin Gatlin
60 m: 6,45
100 m: 9,74
200 m: 19,57