Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016, Justin Gatlin ficou desapontado ao ser segundo atrás de Usain Bolt na final dos 100 metros. Mas também ficou desapontado por ter sido vaiado quando foi apresentado antes da final.
Gatlin foi suspenso duas vezes por doping, o que o tornou um atleta indesejado por boa parte dos espetadores no Rio de Janeiro. Embora estivesse limpo desde o seu regresso em 2010, ele sabia que ao correr nos Jogos Olímpicos de 2016, que iria ser novamente criticado pelo seu passado de doping. Até a nadadora norte-americana Lilly King afirmou que ele não deveria competir.
Mesmo assim, foi difícil ouvir os espetadores vaiarem-no no Rio. Ele foi o único atleta vaiado no Estádio Olímpico, onde o popular Bolt foi aplaudido entusiasticamente quando foi apresentado e depois de ganhar mais uma medalha de ouro.
“Todas as questões ocorreram há mais de uma década”, disse Gatlin numa entrevista coletiva, de acordo com o Washington Post. “Estou de volta ao atletismo há seis anos. Posso entender que as pessoas queiram ver uma rivalidade entre mim e Usain. Eu sou um competidor, ele é um competidor. No final de contas, nós os dois trabalhámos muito para o que queremos. Nós os dois queremos vencer. … Todos nós temos respeito um pelo outro. Então, eu gostaria apenas de ver que todos também tenham respeito.”
“No final do dia, somos todos pecadores”, disse o velocista americano Trayvon Bromell ao Post. “Ninguém é perfeito. Só porque ele passou por um pequeno incidente, não o torna uma má pessoa.”