No Meeting de Xiamen e para além das prestações de Mariana Machado nos 5.000m, Jéssica Inchude no lançamento do peso e de Tiago Pereira no triplo salto, de que já demos notícia, tivemos um novo recorde mundial numa prova raramente disputada. Faz algumas semanas que a World Athletics vem considerando os 300 m barreiras como um evento oficial. Ao correr a distância em em 33,05, o norueguês Karsten Warholm estabeleceu um novo recorde mundial, melhorando os seus 33,26 alcançados em 2021 em Oslo. O brasileiro Matheus Lima foi segundo, quase um segundo atrás, 33,98.
No salto com vara e no seu regresso a Xiamen, onde melhorou o seu recorde mundial para 6,24 m no ano passado, Armand Duplantis teve de contentar-se com uma vitória em 5,92 m, já que falhou três vezes a 6,01 m. Não atingir 6 metros só aconteceu com ele duas vezes no ano passado, ao ar livre. Atrás dele, ficou o grego Emmanouil Karalis com 5,82 m e o neerlandês Menno Vloon, também com 5,82 m.
Tricampeã mundial e tricampeã olímpica nos 1.500 m, a queniana Faith Kipyegon anunciou esta semana que vai tentar derrubar a barreira dos 4 minutos na milha em 26 de junho em Paris, onde já detém o recorde mundial com 4.07,64.
Em Xiamen, ela tentou bater o recorde mundial dos 1.000 m, na posse da russa Svetlana Masterkova desde 1996 com 2.28,98. Kipyegon falhou por uma margem muito curta, vencendo em 2.29,21, o terceiro tempo mais rápido da história, atrás dos seus 2.29,15 alcançados em 2020 no Mónaco e do recorde de Masterkova. A australiana Abbey Caldwell terminou em segundo lugar com 2.32,94, um novo recorde da Oceânia.
Nos 110 m barreiras, após o seu segundo lugar na semana passada em Gainesville, atrás de Trey Cunningham, Grant Holloway fez uma prova dececionante ao ser último em 13,72. O campeão olímpico norte-americano liderava a meio da prova mas tocou no oitavo obstáculo e perdeu toda a velocidade. A vitória foi para outro norte-americano, Cordell Tinch, em 13,06 (+ 0,3 m/s), o melhor desempenho mundial do ano, à frente do japonês Rachid Muratake com 13,14 e do chinês Junxi Liu com 13,24.
Nos 100 m barreiras, a bahamiana Devynne Charlton derrubou a segunda barreira e não conseguiu terminar a prova. A bicampeã mundial jamaicana (2015 e 2023) Danielle Williams venceu em 12,53 (-0,2 m/s), superando a norte-americana Grace Stark com 12,58 e a sul-africana Marione Fourie com 12,62.
Nos 100 m, o sul-africano Akani Simbine venceu em 9,99 (+0,2 m/s), à frente do queniano Ferdinand Omanyala com 10,13 e do recente campeão mundial dos 60 m em pista coberta, o britânico Jeremiah Azu com 10,17. O campeão olímpico dos 200 m, Letsile Tebogo foi apenas 7º com 10,20.
Nos 200 m, Shericka Jackson regressou com um segundo lugar em 22,79, muito atrás da norte-americana Anavia Battle, surpreendente vencedora em 22,41 (+ 0,4 m/s).
O bicampeão olímpico marroquino dos 3.000 m obstáculos, Soufiane el Bakkali, assumiu a liderança pouco antes da volta final, mas foi surpreendido pela aceleração do etíope Samuel Firewu, faltando 250 m para o final, que venceu com o tempo de 8.05,61. El Bakkali foi segundo em 8.06,66.
No salto em altura, a ucraniana Yaroslava Mahuchikh conquistou a sua 20ª vitória em meetings da Liga Diamante, ganhando com um resultado de 1,97 m. As australianas Eleanor Patterson e Nicola Olyslagers ficaram nos lugares imediatos com 1,94 m.