O etíope Kenenisa Bekele ficou de fora da seleção olímpica do seu país, apesar de ter corrido a segunda maratona mais rápida da história há dois anos.
O atleta de 39 anos, não participou nas provas seletivas olímpicas da Etiópia nem em nenhuma das maratonas que se disputaram nesta primavera. O seu argumento para ter faltado à maratona seletiva foi que os 99 dias de diferença entre a prova e a maratona olímpica, era uma diferença muito reduzida.
Bekele deteve os recordes mundiais dos 5.000 m e 10.000 m de 2004 até ao ano passado. Correu pela última vez nas seletivas olímpicas de 2016, quando não conseguiu terminar os 10.000 m. Bekele ficou então de fora da seleção olímpica do Rio.
Ele correu pela última vez uma maratona em Berlim em 2019, quando venceu em 2h01m41s, a dois segundos do recorde mundial do queniano Eliud Kipchoge.
A equipa etíope para Tóquio é liderada pela estreante olímpica Letesenbet Guidey, que nos últimos nove meses bateu os recordes mundiais dos 5.000 m e 10.000 m. Guidey faz parte da lista nos 10.000 m, mas não nos 5.000 m. Ela não correu a distância mais curta nas seletivas.
Gudaf Tsegay, medalhada mundial de bronze e detentora do recorde mundial dos 1.500 m em pista coberta, está inscrita apenas nos 5.000 m. A equipa não inclui Almaz Ayana, vencedora dos 10.000 m nos JO do Rio de Janeiro. A atleta correu pela última vez em 2019.
Também estarão ausentes em Tóquio: Genzebe Dibaba (detentora do recorde mundial dos 1.500 m que não competiu nos Trials), Feyisa Lilesa (medalhado de prata na maratona olímpica de 2016 e que correu pela última vez em 2018) e Muktar Edris, que conquistou os dois últimos títulos mundiais dos 5.000 m, mas foi apenas quinto nos Trials.