Eliud Kipchoge, de 35 anos, era um dos candidatos ao Prémio Laureus a melhor desportista do ano. Perdeu para Leonel Messi e Lewis Hamilton, a sua marca de 1h59m40s em Viena não foi suficiente para ganhar o troféu.
Quando lhe perguntaram se poderá baixar das duas horas à maratona, respondeu pouco satisfeito: “O que fiz em Viena não foi uma simulação com uma maquinazita, baixei das duas horas correndo toda a distância. É um erro dizer isso. Antes, ninguém havia corrido uma maratona abaixo das duas horas e todavia, havia que celebrar-se se um ser humano o conseguisse”.
Nesse desafio de Ineos em Viena, Kipchoge calçou as polémicas Alphafly da Nike, que podem melhorar o rendimento até 6%. A World Athletics vetou recentemente essas sapatilhas mas pode usar a mesma marca com que bateu o recorde mundial oficial em Berlim.
Para o queniano, “As que utilizei são corretas. Não vejo nenhum problema nem razão para nos centrarmos nas sapatilhas”. Já antes tinha recordado que “que quem corre é o homem, não as sapatilhas”. Explicou ainda porque sorri enquanto corre: É como me sinto livre”.
As suas duas próximas maratonas serão a de Londres em 26 de Abril, onde terá como principal adversário o etíope Kenenisa Bekele, e a maratona olímpica em Sapporo. “Em Londres, não haverá tática, trata-se de correr e não penso na marca. E em Sapporo, espero uma corrida dura em que tentarei dar o melhor de mim”.