O Ministério Público francês pediu ontem quatro anos de prisão e uma multa de 500 mil euros contra Lamine Diack, antigo presidente da IAAF entre 1999 e 2015.
Lamine Diack, de 87 anos, e o seu filho Papa Massata, refugiado no Senegal, estão a ser julgados com outros quatro arguidos por terem retardado a partir de finais de 2011, sanções disciplinares contra atletas russos suspeitos de doping, em troca de financiamentos e para favorecerem contratos de sponsoring e direitos de televisão.
Pena maior para filho de Lamine Diack
No início da semana, Diack admitiu que “inquestionavelmente” deveria ter sido mais vigilante durante o seu tempo no comando da organização. O senegalês também não conseguiu explicar a razão porque o seu filho e empresas associadas transferiram 600.000 euros para a sua conta bancária entre 2011 e 2015.
Os procuradores pediram para o filho de Lamine, uma pena de cinco anos de prisão, 500 mil euros de multa e um mandato de detenção.
Diack está em prisão domiciliar desde Novembro de 2015. Papa Massata, por sua vez, recusou-se a ser extraditado do Senegal e está a ser julgado à revelia. O filho do dirigente teria faturado milhões de euros em comissões “exorbitantes” e ilegais no cursos de marketing e direito que administrou pela IAAF.
Papa é acusado de ter desviado 10 milhões de euros para uma empresa, quando o banco russo VTB fez um pagamento de 29 milhões de euros para patrocinar a IAAF, que recebeu apenas 19 milhões de euros do montante.