O campeão olímpico dos 100 m, Lamont Jacobs comentou ironicamente a suspensão provisória do britânico CJ Ujah, medalha de prata na estafeta 4×100 m. Jacobs tinha sido alvo de insinuações de alguma imprensa, particularmente a britãnica.
“Conheço os sacrifícios e os golpes que sofri para chegar aqui e, em vez disso, quero aproveitar 100%. Depois de ver a investigação de Ujah, eu diria que talvez seja melhor examinar primeiro a sua própria casa e depois atacar os outros. Isto faz-me sorrir”.
A Unidade de Integridade de Atletismo (AIU) disse que estava a analisar a presença na amostra feita ao britânico, do anabolizante Ostarine que auxilia na construção muscular.
O site da Agência Antidoping do Reino Unido (Ukad) descreve Ostarine como tendo “um efeito semelhante à testosterona”, acrescentando: “Suplementos dietéticos contendo Ostarine promovem normalmente a construção muscular. Fabricantes desonestos podem comercializar produtos como ‘esteroides legais’ ou ‘alternativas de esteroides’.”
O Ostarine não foi aprovado em nenhum país para uso ou consumo humano. Existem produtos que contêm a substância – mas apenas os ilegais, e não existem medicamentos legais que a contenham.
Não importa qual seja a sua condição médica, um médico não tem permissão legal para prescrever um paciente com ostarina para tratamento.
Ujah enfrenta uma possível suspensão de quatro anos, o que a confirmar-se, levaria à perda da medalha de prata pela estafeta britânica.
O atleta pode solicitar uma análise da sua amostra B e tem de duas a quatro semanas para responder. Caso a sua amostra B confirme as conclusões, o Tribunal Arbitral do Desporto decidirá a sanção a aplicar ao atleta.