Neste último Domingo, Daniel Kibet havia sido contratado como “lebre” na Maratona de Istambul. Mas inspirado pelo lema da IAAF Gold Label – “Não pare, corra!” -, não apenas desempenhou a sua tarefa para o qual havia sido contratado como venceu a prova com novo recorde do percurso em 2h09m44s.
Uma das três “lebres” da elite, Kibet liderou um grupo de 14 atletas, passando aos 10 km em 30m14s. A meio do percurso, passado em 1h04m12s, ainda eram 13, os que estavam no grupo da frente.
O último vencedor e recordista do percurso, Felix Kimutai, e o bicampeão europeu de 10.000 m, o turco Polat Kemboi Arikan, também estavam no grupo principal, mas Arikan só conseguiu manter o ritmo por mais alguns quilómetros antes de perder o contato com o grupo da frente.
Enquanto isso, Kibet seguia confortável na frente e alcançou os 30 km – o ponto em que ele deveria desistir – em 1h31m29s. A outra “lebre”, Moses Kemei, abandonou então a prova mas Kibet decidiu continuar a correr com outros quatro atletas – Peter Ndorobo, Yitayal Atnafu, Cosmas Birech e Kimutai.
Birech foi o primeiro do quinteto a atrasar-se, com os quatro restantes atingindo os 40 km em 2h02m53s, ainda em ritmo de recorde.
Kimutai também ficou para trás. A partir desse momento, Kibet acelerou e venceu em 2h09m44s, tirando 13 segundos ao anterior recorde de Kimutai. Atnafu foi segundo com 2h09m57s, com Ndorobo a ser terceiro em 2h10m09s, 41 segundos à frente de Kimutai.
O tempo de Daniel Kibet ficou um pouco abaixo das 2h06m49s que ele obteve em Sevilha no início deste ano, mas ocorreu apenas seis semanas depois de ter feito 2h06m52s na Maratona de Buenos Aires. Foi também a primeira vitória dele numa maratona.
Já a etíope Hirut Tibebu garantiu o terceiro tempo mais rápido da história de Istambul para vencer entre as mulheres com 2h23m40s, apenas a cinco segundos do seu recorde pessoal. O recorde do percurso pertence a Ruth Chepngetich e foi estabelecido o ano passado com 2h18m35s.