Após a estreia da segunda temporada da série de atletismo SPRINT da Netflix, um dos atletas apresentados, Letsile Tebogo, campeão olímpico dos 200 m, já expressou a sua deceção. O sprinter de 21 anos ficou frustrado com o que viu como um preconceito norte-americano na série documental, que acompanha os principais sprinters do mundo e a sua jornada para os JO de Paris.
Tebogo, que fez história para o Botswana ao ganhar duas medalhas em Paris, uma delas sendo o primeiro ouro do país, não aparece até a 22 minutos do final do episódio. A série havia prometido apresentar Tebogo, ao lado de atletas olímpicos notáveis como Noah Lyles, Gabby Thomas, Fred Kerley, Kishane Thompson, Julien Alfred, Kenny Bednarek, Shericka Jackson e Oblique Seville. No entanto, Tebogo sentiu que o foco se voltou fortemente para os quatro atletas norte-americanos, particularmente Lyles.
Tebogo foi até à rede social X para compartilhar a sua deceção, dizendo que estava animado para assistir, mas sentiu que o programa estava muito focado em atletas norte-americanos, com ele a ser retratado mais como um personagem secundário face aos sprinters norte-americanos.
O seus sentimentos vão de encontro aos da costa-marfinense Marie-Josée Ta Lou-Smith, recordista africana dos 100 m que também criticou os produtores do Box To Box no início deste ano após a SPRINT Season 1 a ter excluído do corte final, apesar das extensas filmagens. “Eu sinto-me realmente desrespeitada, porque quando se diz que vai produzir uma série sobre os sprinters mais rápidos do mundo, devem mostrar todos, não apenas aqueles que vencem”.
Ela destacou a necessidade de representação igualitária, observando: “Eu sou a recordista africana, eu mereço respeito.”