A World Athletics publicou um estudo segundo o qual, mais de 25 atletas, na sua maioria mulheres, foram alvo de mensagens de ódio nas redes sociais, maioritariamente de cariz sexista ou racista, durante o Mundial de Atletismo disputado este ano em Eugene.
Para fazer esse levantamento nas redes sociais, a entidade internacional contou com uma ferramenta para monitorar as contas do Twitter ou Instagram de 461 atletas alguns dias antes, durante e depois do Mundial.
40% de comentários sexistas e 20% racistas
De acordo com os resultados obtidos, 27 atletas foram alvo de comentários de ódio, a maioria mulheres (16). Esses comentários são principalmente sexistas (mais de 40%) e racistas (quase 20%). Além disso, a Organização destacou o facto de as mensagens estarem mais centradas em elementos extradesportivos do que nos resultados.
“Os resultados desta análise são preocupantes, mas é importante sabermos onde e como os nossos atletas estão a ser atacados nas redes sociais para que possamos agir e protegê-los e evitar que isso aconteça novamente ”, comentou o presidente da World Athletics, Sebastian Coe.
Salientou ainda que “dois atletas, uma mulher e um homem, foram particularmente visados por esta violência digital (cerca de 40% das mensagens identificadas).” A World Athletics especificou que reserva-se no direito de denunciar os autores dos comentários mais violentos às autoridades nacionais para possível processo judicial.
No total, foram analisadas mais de 425 mil mensagens. Mais de 1.900 atletas foram inscritos no Mundial de 2022.