Tachlowini Gabriyesos, de 23 anos, foi um dos atletas escolhidos para fazer parte da Equipa de Refugiados do COI e ser o porta-estandarte na Cerimónia de Abertura dos Jogos Olímpicos.
Ontem, ele correu a maratona e obteve um honroso 16º lugar com 2h14m02s, em condições climatéricas muito difíceis.
Longas distâncias, resistência física e pensamento positivo, são partes inatas da constituição de Gabriyesos: ele escapou de uma situação de risco de vida na Eritreia com apenas 12 anos de idade e atravessou um deserto para chegar a Israel, onde agora treina.
A sua paixão pelas corridas ajudaram-no a superar obstáculos aparentemente impossíveis. Trabalhar no duro tornou-o um bom maratonista. Ele correu uma maratona em Israel em Março deste ano, no tempo de 2h10m55s, passando a ser o primeiro atleta refugiado a atingir os mínimos olímpicos para a maratona olímpica.
Agora, ele provou que pode acompanhar os melhores do mundo, representando e inspirando milhões de pessoas deslocadas em todo o mundo.
“Quero mostrar aos outros que tudo é possível”, disse Gabriyesos. “Os Jogos Olímpicos são o meu sonho como atleta profissional e seria uma grande honra fazer parte da Seleção Olímpica de Refugiados (do COI)”, disse ele num treino antes dos Jogos.
Em Junho, ele soube que o seu sonho ia tornar-se realidade, pois o seu nome estava na lista dos 29 membros da Equipa de Refugiados do COI que competiu em Tóquio.
A preparação para os JO de Tóquio não foi fácil para Gabriyesos, já que a pandemia impediu-o por vezes de treinar. No Mundial de Doha em 2019, ele passou 27 horas no aeroporto por causa de problemas de visto, acabando com qualquer hipótese de um bom desempenho competitivo.
Mas a sua atitude irresistivelmente positiva leva-o através dos momentos mais difíceis, a olhar sempre em frente, sempre a sonhar em grande. “Acho que estou em melhor forma do que no ano passado”, disse ele a World Athletics em Maio último, “mas física e mentalmente, foi difícil treinar com as restrições da pandemia.”
Agora ele mostrou ao mundo o que ele pode fazer e aos 23 anos, ele só pode melhorar. Paris 2024 espera por Tachlowini Gabriyesos.”Quero mostrar aos outros que tudo é possível e que não devem desistir.”